Fora da zona de acesso, com quatro derrotas seguidas e em queda livre na classificação. A situação do Santos na Série B é complicada, a torcida pressiona o elenco e Fábio Carille parece cada vez mais na berlinda. O treinador assume que a equipe não vem respondendo em campo, admite que os desfalques estão fazendo muita falta e pede sabedoria por reação e também pela manutenção do cargo.
Nesta sexta-feira, após o revés de 1 a 0 em Ponta Grossa, diante do Operário, o técnico achou o resultado injusto pela pressão nos minutos finais. Revelou, ainda, que a tendência é a equipe voltar a jogar bem com Furch, Pedrinho e Guilherme, recuperados de lesão, ganhando ritmo. Na quarta-feira, o Santos recebe o Goiás.
“Futebol é resultado, sabemos disso. Tenho uma diretoria próxima e que acompanha tudo que faço, o que se passa e isso importante, mas futebol é resultado e não tem outro caminho”, admitiu Carille, ao ser questionado se vê seu cargo ameaçado. “Mas hoje o time também merecia sorte melhor pelo final do jogo, pelo segundo tempo. Brazão não trabalhou e a gente estava jogando, errando, mas tentando”, explicou.
“O trabalho segue a mesma linha, mas perdemos jogadores que a gente sabe que é muito importante no setor ofensivo. Hoje trouxemos jogadores que nem eram para estar aqui pelo tempo ausente, casos de Pedrinho, Furch e Guilherme. Vieram pela necessidade do resultado”, afirmou Carille. “Tomamos um gol, de bola parada, que sabemos que define. Até conseguimos desviar, depois não sei o que aconteceu, não tive visão legal. Nos perdemos no primeiro tempo, não sei se bateu nervosismo”, lamentou.
E explicou o que faltou. “A gente poderia ter trocado passe com mais qualidade e não conseguiu. No segundo tempo fomos para o abafa, a bola passou muito na área do adversário, com Gil, Furch, Serginho, Joaquim acertou na trave… Mas, infelizmente, o time não conseguiu o gol para sair com um pontinho daqui.”
Nada de achar que tudo foi errado, porém. O técnico até gostou da apresentação após as mudanças na segunda etapa. “O time lutou e isso não se pode reclamar. Tentamos o empate, se a gente faz um gol poderia até brigar pela vitória. Agora é ter sabedoria, mostrar o que já fez de bom para ganhar confiança e dentro de casa reverter essa situação.”
Na visão de Carille, o Santos completo retomará o padrão das rodadas iniciais, quando ganhou bem e liderou a Série B. “Perdemos alguns jogadores importantes, contra Amazonas (derrota por 1 a 0) a equipe não teve o Gil, depois ficamos sem Guilherme, Furch e Pedrinho. O João (Schmidt) também ficou alguns jogos fora. É momento de ter sabedoria, saber o que já fez e o que pode e passar confiança para entrar em campo e fazer o melhor.”