Tabagismo, excesso de álcool, radiação e até sexo oral são fatores de risco para o câncer de boca, tipo de tumor maligno que pode surgir em qualquer estrutura da boca como lábios, língua, bochechas, palato, gengiva ou orofaringe. Por ser uma doença assintomática, a descoberta muitas vezes chega de forma tardia, quando já está em grau avançado. A Dra Danielli Haddad, embaixadora da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do Brasil, destaca os pontos de atenção e como não ser pego de surpresa com um diagnóstico positivo e avançado.
Segundo a especialista, é importante ficar atento com lesões não dolorosas na região da boca que persistam por mais de 15 dias; placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato ou na mucosa jugal que não decorrem de outra doença ou causa conhecida; nódulos no pescoço; rouquidão persistente; dificuldade de mastigação, deglutição, fala ou movimentação de língua; e assimetria facial. “É importante manter uma frequência nas consultas com o dentista ou solicitar a um médico, durante exame físico por exemplo, dar uma olhada na região caso apresente algum destes sintomas”, destaca.
Para a embaixadora, o cuidado com a saúde bucal e a observação constante é de extrema importância para um diagnóstico precoce, que pode proporcionar cura em 95% dos casos. “Como, infelizmente, na maior parte das vezes o diagnóstico é tardio, dependendo da região afetada, 50% dos enfermos não chegam a cinco anos de sobrevida”, comenta.
Como forma de evitar a doença, a Dra. Danielli indica uma alimentação rica em frutas e verduras, além de evitar álcool e fumo, e vacinação contra HPV. “Um estudo internacional indica que quanto mais cedo é a prática de sexo oral e quanto maior o número de parceiros, maior a chance de desenvolver também câncer de orofaringe”, finaliza a médica.