Embora grande parte da busca pelo submarino desaparecido tenha sido focada na superfície da água, a Guarda Costeira dos Estados Unidos agora tem capacidade de busca subaquática no local, afirmou o Contra-Almirante John Mauger, Comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira dos EUA.
Segundo Mauger, os trabalhos de busca em águas profundas serão realizados após as operações realizadas durante a noite.
Além das buscas marítimas, aeronaves da Força Aérea Canadense, da Guarda Costeira dos EUA e da New York Air National Guard estão realizando voos em uma área de aproximadamente 13.000 km² na superfície da água.
A equipe de busca inclui a Marinha dos EUA, a Guarda Costeira do Canadá e as Forças Armadas do Canadá, além da OceanGate Expeditions, empresa proprietária e operadora do submarino desaparecido. A OceanGate, por estar mais familiarizada com o local e saber onde o submarino estava operando, está ajudando a definir as prioridades.
“Mantemos nossos pensamentos com a tripulação e suas famílias neste momento, enquanto continuamos a busca”, disse Mauger, acrescentando que as equipes estão trabalhando arduamente para localizar o submarino.
A comunicação com o submarino foi perdida 45 minutos após o início do mergulho no domingo à noite, de acordo com a OceanGate Expeditions, empresa proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do Titanic. A embarcação estava localizada aproximadamente 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá, citado pela agência de notícias AP.
O submarino tinha uma reserva de oxigênio de 96 horas quando partiu às 06h00 de domingo, de acordo com David Concannon, conselheiro da OceanGate, o que torna a operação uma corrida contra o tempo.
“É uma área remota e é um desafio realizar uma busca nessa área”, admitiu o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
As buscas estão sendo realizadas tanto na superfície como submersas em uma área localizada a cerca de 1.450 quilômetros a leste de Cape Cod, com uma profundidade de aproximadamente quatro mil metros, conforme detalhado por Mauger, citado pela agência francesa AFP.
“Estamos utilizando todos os meios disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo”, afirmou.
A Guarda Costeira do Canadá também está participando das operações, com um avião C-130 dos EUA e um P8 canadense equipado com um sonar capaz de detectar submarinos.
O Titanic afundou em sua viagem inaugural entre o Reino Unido e os Estados Unidos em abril de 1912, após colidir com um iceberg. O desastre resultou na perda de 1.514 vidas dos 2.224 passageiros e tripulantes.
A expedição aos destroços do Titanic, este ano, teve um custo de 250 mil dólares (cerca de 229 mil euros, conforme a taxa de câmbio atual) para cada turista do mar. Entre os passageiros do submarino desaparecido estava Hamish Harding, presidente da empresa de venda de jatos privados Action Aviation. A empresa anunciou nas redes sociais que o submarino foi lançado com sucesso e que Hamish estava mergulhando. Outro passageiro era Shahzada Dawood, um empresário paquistanês que reside no Reino Unido e patrocina o Instituto SETI, cuja missão é explorar e compreender a origem do universo, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.
As buscas continuam intensas e estão sendo realizadas com todos os recursos disponíveis para encontrar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo. O tempo é um fator crucial nessa operação, devido à reserva limitada de oxigênio. As equipes de resgate estão empenhadas em localizar o submarino o mais rápido possível, enquanto se mantêm atentas aos pensamentos das famílias dos tripulantes, esperando por um desfecho positivo.
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