PEDRO S. TEIXEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A lucidez sintético para músicos Moises foi eleita melhor app para iPad de 2024, pela Apple. Foi a primeira vez que um resultado brasiliano recebeu o prêmio em uma das 19 categorias do App Store Awards.
O Moises nasceu da vontade dos músicos amadores desde a puerícia Geraldo Ramos, 39, e Eddie Hsu, 38, de isolar o som de um instrumento de uma música para facilitar os estudos. A eles se somou o designer gráfico Jardson Almeida, 35, cuja missão foi tornar a tecnologia mais alcançável ao grande público.
Os três fundadores ainda foram convidados para participar de um evento inédito na loja do gigante da tecnologia no bairro nova-iorquino de Soho. Na ocasião, eram exclusivamente quatro dos premiados, um deles o aplicativo de jogos do jornal The New York Times.
A instrumento brasileira, hoje, vai além da proposta inicial e é usada também por produtores profissionais, porquê o ganhador do Grammy Latino Felipe Vassão, por trás do rapper Emicida e da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó.
São 50 milhões de usuários no mundo, segundo a desenvolvedora da plataforma. As pessoas acessam o Moises em 40 diferentes idiomas, de 175 países. Os três fundadores do app se dividem entre escritórios em Salt Lake City, nos Estados Unidos, Madri e Recife.
Durante a premiação, a Apple destacou a experiência do baterista brasiliano Eloy Casagrande, da margem de heavy metal Slipknot com o aplicativo. Casagrande relatou, em vídeo, que usou o Moises para isolar a bateria e modificar a velocidade das 32 músicas que teria de tocar na seletiva para entrar no grupo.
“Eu vinha deixando as faixas mais lentas para facilitar e dar precisão ao processo de aprendizagem, de modo que eu estava verdadeiramente prestes para tocar com eles”, diz Casagrande.
Outros usuários ilustres são o tecladista da margem Dream Theater, Jordan Rudess, e o professor de guitarra Marty Music, seguido por 4,4 milhões de pessoas no YouTube.
Antes do progressão da lucidez sintético e das técnicas de aprendizagem de máquina, era um repto encontrar gravações de instrumentos isolados de uma música, diz o fundador do Moises, Ramos, que também é baterista.
O nome do aplicativo é uma referência ao incidente bíblico em que Moisés separou o mar Vermelho, permitindo a fuga dos judeus do Egito. “A gente separa a música, são coisas sobrenaturais”, diz Ramos.
Ramos e Hsu, que já haviam descerrado um estúdio de música em Recife nos anos 2000, decidiram investir do próprio bolso no aplicativo em 2019, quando viram um padrão de lucidez sintético do app Deezer que isolava os instrumentos gravados nas músicas. “Era um tanto ainda muito experimental, tinha que saber programar para usar”, recorda Ramos.
Eles chamaram Almeida, que é designer, com o objetivo de fazer a interface para o usuário. “Era um tanto muito simples, um botão para a pessoa subir a música, escolher o instrumento que ele queria separar e um player de música”, diz Ramos, um publicitário de formação, embora programe desde os 16 anos.
O aplicativo desenvolvido pela portanto startup de três pessoas deu evidente e começou a lucrar projeção na comunidade músico. “DJs, por exemplo, também usam a instrumento para separar os vocais à capela na elaboração das próprias faixas.”
Em 2020, a empresa começou a trabalhar nos próprios modelos de lucidez sintético e substituiu a lucidez sintético da Deezer por tecnologia proprietária. “Tivemos um trabalho de licenciamento com vários estúdios, porque a gente precisava das gravações dos instrumentos separados”, afirma Ramos.
Para funcionar, os algoritmos de aprendizagem de máquina precisam receber dados de referência, que orientam as futuras respostas às tarefas pedidas.
Hoje, o Moises, além de isolar os instrumentos e modificar a velocidade, faz transcrições dos acordes das músicas, tem um metrônomo (aparelho que indica ritmos) inteligente que se adapta às mudanças de tempo indicadas pelo usuário, corta trechos de músicas, muda o tom de canções e permite trabalho colaborativo.
A melhoria foi provável graças à expansão da equipe, hoje com 90 pessoas, e à captação de recursos junto a investidores. Já foram duas rodadas de investimentos que levantaram US$ 10,2 milhões (R$ 61,6 milhões).
A empresa agora pretende captar mais recursos e lançar no início do ano que vem uma lucidez sintético generativa capaz de produzir sons de um instrumento. “Nossa proposta é muito dissemelhante de outras plataformas do mercado que querem produzir músicas do zero, nossa intenção é impulsionar a originalidade do produtor no estúdio com um assistente de IA”, diz o fundador da empresa.
O Moises também está disponível para aparelhos com sistema operacional Android, computadores e plugins de gravação usados nos estúdios. Em 2021, a instrumento já havia sido reconhecida pelo Google porquê melhor app para incremento pessoal.
VEJA OS GANHADORES DAS PRINCIPAIS CATEGORIAS DO APP STORE AWARDS
App do Ano para iPhone: Kino
Aplicativo permite aditar filtros feitos por profissionais do cinema a gravações caseiras
App do ano para iPad: Moises
App, entre outras funções, isola instrumentos de músicas para ajudar no estudo e na elaboração
App do ano para Mac: Adobe Lightroom
Programa de edição de fotos
App do ano para Apple Watch
App para seguir a luz do sol e programar atividades do dia
Impacto cultural: NYT Games
Aplicativo de jogos do jornal New York Times
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