Um comissário de bordo que fez carreira numa das maiores companhias aéreas do mundo, a United Airlines, usou o nome de uma criança norte-americana morta para viver durante 23 anos enquanto americano.
Ricardo César Guedes, um homem brasileiro com 49 anos, fez-se passar por William Ericson Ladd. Conforme o site Business Insider, Ladd nasceu em 1974 e morreu num acidente de carro em 1979, quando tinha apenas cinco anos. Já Ricardo nasceu em São Paulo em 1972 e assumiu a identidade de Ladd em 1998, ao candidatar-se com sucesso a um passaporte americano com o nome falso da criança.
Durante 23 anos passou impune, a viver enquanto norte-americano, no entanto, acabou apanhado em julho de 2021 quando tentou renovar o passaporte.
Em dezembro de 2020, o Departamento de Estado já tinha identificado “vários indicadores de fraude”, mas só em julho do ano passado, com o avanço da investigação, a mãe do menino, Debra Lynn Hays, prestou depoimento e confirmou o nasciment e a morte da criança às autoridades. Os investigadores também conseguiram através das impressões digitais do homem identificar a verdadeira identidade no Brasil.
O brasileiro foi acusado de fornecer declaração falsa no pedido de passaporte, ao passar-se por um cidadão norte-americano. O brasileiro foi preso no aeroporto antes de embarcar num voo.
Ricardo conseguiu esconder a sua verdadeira identidade porque, como trabalhava como comissário de bordo, conseguia escapar aos procedimentos de imigração embarcando como “tripulante conhecido” e contornando a maioria das verificações de segurança.
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