O prefeito de Val di Zoldo, Camillo De Pellegrin, foi denunciado pelo jurisperito ítalo-brasileiro Luiz Scarpelli depois hastear uma bandeira do Brasil na frontaria da prefeitura em protesto contra o que chamou de “excesso” de pedidos de cidadania italiana feitos por brasileiros na região de Vêneto.
De entendimento com informações publicadas pelo Mundo, Scarpelli considera o ato um desrespeito aos símbolos nacionais, apresentou a denúncia a autoridades brasileiras e acusou o prefeito de utilizar um símbolo sagrado de forma incabível. Pellegrin argumentou que sua intenção era reclamar contra a sobrecarga gerada pelos processos nos cartórios locais, mas afirma não ter recebido notificações formais sobre a queixa.
Na região de Vêneto, municípios têm relatado dificuldades com a crescente demanda de descendentes de italianos por cidadania. Em cidades porquê Treviso e Vicenza, dezenas de solicitações são feitas semanalmente, enquanto em Valdastico, a média anual é de 100 pedidos para uma população de 1.300 habitantes.
Alguns cartórios foram obrigados a contratar mais funcionários ou remunerar horas extras para mourejar com a trouxa. A burocracia envolve buscas complexas de registros históricos que, muitas vezes, trazem informações imprecisas, porquê nomes e datas errados, atrasando os processos e sobrecarregando os funcionários.
Apesar das reclamações, os municípios cobram valores elevados pelos serviços, porquê em Soave, onde os custos para iniciar o processo chegam a 2 milénio euros, além de taxas extras por certidões de promanação e enlace.
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