O Brasil exportou 4,926 milhões de sacas de 60 quilos de moca em outubro, 11,6% mais que em outubro de 2023. O resultado é recorde para um único mês, sendo que o maior volume exportado havia sido em novembro de 2020, com 4,770 milhões de sacas. A receita avançou 62,6%, para US$ 1,393 bilhão, segundo o Recomendação dos Exportadores de Moca do Brasil (Cecafé), com cada saca a um preço médio de US$ 282,80. Esses valores também são recorde.
Com o desempenho de outubro, o Brasil elevou para 17,075 milhões de sacas o volume de moca exportado no reunido dos quatro primeiros meses do ano safra 2024/25, com receita de US$ 4,529 bilhões. Na verificação com julho a outubro de 2023, há incremento de 17,9% em volume e de 58,1% em receita cambial.
Ainda conforme o Cecafé, em nota, no reunido do ano (janeiro a outubro), o Brasil exportou volume recorde de 41,456 milhões de sacas, incremento de 35,1% em relação ao embarcado em igual período do ano pretérito. A receita cambial de US$ 9,875 bilhões também é recorde, com subida de 53,8% na mesma base de verificação.
O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, destaca em nota que os resultados foram alcançados mesmo com os gargalos logísticos que impossibilitaram o embarque de 2,1 milhões de sacas até o término de setembro neste ano. “Esse resultado de outubro foi, sem incerteza, muito bom para o transacção exportador de moca do Brasil, pois demonstra o engajamento das empresas e de suas equipes de logística para solidificar seus embarques, buscando alternativas, porquê as exportações de cinco navios de break bulk, para honrar os compromissos com os clientes internacionais”, disse, em nota.
Ferreira afirma que o aumento na demanda por contêineres para a exportação de moca, açúcar e algodão, somado à falta de infraestrutura portuária adequada para atender a produtos em contêineres, tem ressaltado os índices de atrasos dos navios e rolagens de cargas. “Mantemos conversas com os demais segmentos do agronegócio brasílio para que possamos, juntos, reivindicar a ampliação dos investimentos em infraestrutura e ter maior presteza nos processos junto às autoridades públicas, caso contrário os exportadores seguirão bancando, literalmente, o recorde exportado”, completou, na nota.