SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, tornou-se pai pela sétima vez nesta quinta-feira (9). Ele e sua esposa, Carrie, anunciaram o nascimento de uma menina, a segunda filha do casal, em um hospital de Londres. O nome da criança ainda não foi divulgado.
“Mãe e filha estão muito bem. O casal gostaria de agradecer à brilhante equipe da maternidade do NHS [sistema de saúde britânico] por todo o cuidado e apoio”, disse uma porta-voz do casal, em um comunicado.
Questionado sobre uma possível licença-paternidade de Boris, um porta-voz do líder britânico disse que “ele vai passar algum tempo com sua nova família e continuará a manter suas responsabilidades como primeiro-ministro”.
Boris, 57, e Carrie, 33, se casaram em maio deste ano. Um mês antes, tiveram seu primeiro filho juntos. Wilfred Lawrie Nicholas Johnson foi batizado em homenagem aos seus bisavós e aos enfermeiros que atenderam o premiê quando ele foi internado com Covid-19 no ano passado.
Boris se casou pela primeira vez aos 23 anos, com uma colega da universidade. Divorciou-se cinco anos depois, e sua vida pessoal e sexual faz a alegria dos tabloides britânicos.
Menos de duas semanas depois do divórcio, casou-se com a advogada Marina Wheeler, com quem estudara na infância. Em cinco semanas, nasceu o primeiro filho do casal.
Fora do casamento, Boris teve um caso de quatro anos com uma colega da revista britânica Spectator, da qual ele foi diretor. Em 2006, tabloides ingleses escreveram sobre um suposto caso com uma jornalista do Guardian, que ele empregou pouco tempo depois.
Após três anos, ainda casado com Marina (o divórcio só viria em 2018), com quem teve dois filhos e duas filhas, Boris foi pai de uma menina com uma consultora de arte e, em 2013, viveu um affair com a empresária americana Jennifer Arcuri (nenhum dos dois negou).
O nascimento do sétimo filho ocorre em uma semana particularmente conturbada para Boris. Nesta quarta (8), uma conselheira do premiê renunciou ao cargo após a divulgação de um vídeo em que ela aparece rindo de uma festa que teria sido realizada em Downing Street (sede do governo) durante a época de Natal de 2020, quando celebrações presenciais estavam proibidas por restrições sanitárias.
Allegra Stratton, que à época era assessora de imprensa de Boris, pediu demissão e “profundas desculpas” aos britânicos, acrescentando que sentiria arrependimento pelo resto de seus dias. O premiê também se desculpou pelo episódio durante uma sessão no Parlamento, mas acrescentou que sua equipe negou diversas vezes que tenha havido celebrações.
Ridicularizado pela imprensa e difamado dentro de seu próprio partido, a credibilidade de Boris foi ainda mais ameaçada quando ele introduziu novas restrições para tentar conter o avanço da variante ômicron na Inglaterra.
Nesta quarta, o premiê anunciou que máscaras serão exigidas na maioria das áreas internas a partir de sexta-feira (10) e que o certificado de vacinação será obrigatório em locais fechados ou de grande aglomeração a partir da próxima semana. A medida impactará, por exemplo, a presença do público nos estádios para assistir a competições. Os torcedores terão de comprovar as duas doses da vacina, ou, então, apresentar um teste negativo para a Covid.
Boris também foi responsabilizado nesta quinta-feira por uma reforma feita em seu apartamento em Downing Street com verba não declarada oriunda de uma doação privada.
A Comissão Eleitoral, que regula as contas dos partidos políticos, multou a legenda do primeiro-ministro em 16,2 mil libras (R$ 121 mil) por deixar de relatar a doação de 67,8 mil libras (R$ 499 mil) recebida em outubro de 2020. O Partido Conservador terá que pagar mais 1.550 libras (R$ 11,4 mil) pela irregularidade.
Atacado pela oposição neste caso, Boris assegurou ao Parlamento em abril que havia respeitado todas as regras e pago pessoalmente pela reforma, sem especificar que o dinheiro era proveniente de uma doação posteriormente reembolsada.
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