O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 18, que está constrangido por não poder comparecer à cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, na segunda-feira, 20. Ele ainda declarou que espera o escora do líder norte-americano para volver a sua inelegibilidade no Brasil.

 

 

“Com toda certeza, se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades politicas, porquê essas duas minhas que eu tive”, disse Bolsonaro.

 

O ex-presidente não detalhou porquê o Trump poderia mudar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível por 8 anos. Na avaliação de Bolsonaro, somente “a presença” do coligado dos EUA pode mudar a sua situação.

 

“(O Trump) não vai permitir certas pessoas pelo mundo perseguindo opositores, o que labareda de lawfare, que ele sofreu lá. Grande semelhança entre ele e eu”, afirmou.

 

“Eu estou chateado. Estou aluído ainda. Eu enfrento uma enorme perseguição política por secção de uma pessoa. Essa pessoa decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele é o possuinte do processo. Ele é o possuinte de tudo”, disse em referência ao ministro Alexandre de Moraes.

 

Bolsonaro ainda afirmou que não tem a mínima preocupação em relação aos crimes apontados no indiciamento pela Polícia Federalista (PF), mas que não se sente tranquilo em relação

 

A enunciação foi feita no Aeroporto de Brasília enquanto Bolsonaro acompanhava o embarque da mulher Michelle, que vai representá-lo, ao lado do deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no evento que marca a volta de Trump à Mansão Branca.

 

“Eu pré-acertei o encontro com o patrão de Estado (Trump) via Eduardo Bolsonaro e, lamentavelmente, não vou poder comparecer”, disse o ex-presidente. “Eu queria estar acompanhando a minha esposa. Quem vai estar acompanhando lá é o meu fruto Eduardo”, afirmou.

 

Bolsonaro está com o passaporte retido por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes. A resguardo do ex-presidente apresentou dois pedidos ao magistrado para ele pudesse viajar aos Estados Unidos temporariamente, pois teria recebido um invitação de Trump para comparecer ao evento de posse.

 

Moraes negou a petição original e o recurso sob o argumento de que há risco real de “tentativa de evasão” de Bolsonaro “para se furtar à emprego da lei penal”. O ministro ainda destacou que o ex-presidente tem defendido a fuga do País e o asilo no exterior para os diversos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro.

 

Bolsonaro ainda afirmou que foi discutido com todos os pré-candidatos a presidente da Câmara e do Senado a votação do projeto de lei que concede anistia aos condenados por envolvimento na depredação de cunho golpista do 8 de Janeiro. Ele espera que “o devido processo permitido seja seguido” no Congresso para que a tarifa vá a votação.

 

A ex-primeira-dama Michelle afirmou neste sábado que o marido está sendo perseguido e que “eles têm um patente medinho” de Bolsonaro por ser, em sua avaliação, o maior líder da direita brasileira. Ela, porém, não explicou a quem se referia ao insinuar que a popularidade do ex-presidente razão temor.

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