SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em uma sessão de altos e baixos, a Bolsa de Valores brasileira fechou negativa nesta quinta-feira (13) sob pressão das fortes quedas registradas no mercado americano.
O Ibovespa, referência do mercado acionário do país, recuou 0,15%, a 105.529 pontos. O dólar teve ligeira queda de 0,10%, fechando a R$ 5,5290.
Os principais índices dos Estados Unidos recuaram, com destaque para a queda de 2,51% do Nasdaq.
Investidores decidiram vender ações de empresas de tecnologia antes do início da temporada de divulgações de resultados corporativos do quarto trimestre, segundo Sameer Samana, estrategista sênior de mercado global do Wells Fargo.
Diante da expectativa de aumento dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), a manutenção das ações do setor ficou mais arriscada, principalmente após os ganhos nas duas últimas sessões.
“Tivemos uma boa recuperação no Nasdaq nos últimos dias, então pode haver algum nervosismo persistente em torno das taxas de juros do Fed e alguma realização de lucros, especialmente antes dos balanços corporativos”, disse Samana.
Ainda em Wall Street, o índice Dow Jones cedeu 0,49%. O S&P 500 caiu 1,42%.
João Beck, economista e sócio da BRA, alertou que os resultados desta sessão demonstram que é cedo para ficar otimista com ganhos pontuais das bolsas, como ocorreram nos últimos dias.
“O Fed vem elevando cada vez mais o tom em relação à necessidade de ajuste de sua política monetária. A alta da taxa de juros lá fora pode pressionar para cima a nossa taxa de juros”, disse.
Beck também afirma que o maior risco para os investimentos no Brasil é o fiscal, que será pressionado por um esperado aumento de gastos públicos neste ano eleitoral.
Setores de commodities e bancário concentraram os destaques positivos do pregão da Bolsa brasileira.
A principal contribuição positiva para o índice veio da Petrobras, cujas ações preferenciais subiram 1,75%.
Apesar da queda de 0,93% do petróleo Brent, que fechou a US$ 83,88 (R$ 463,35) o barril, a commodity está estacionada no patamar mais alto de preços em dois meses.
Investidores avaliam que a demanda pelo produto vem resistindo à possibilidade de restrições de atividades econômicas para a contenção da variante ômicron da Covid-19.
Apertos no abastecimento agravados por restrições de Líbia e Nigéria no fornecimento para a Rússia também favorecem a tendência de alta do petróleo, segundo análise da agência Bloomberg.
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