Bill Pullman interpreta assassino famoso nos EUA, mas confessa que tem vergonha disso

LUÍSA MONTE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em 7 de junho de 2021, policiais do estado da Carolina do Sul, nos EUA, responderam a uma chamada de emergência dizendo que Margaret “Maggie” Murdaugh, 52, e seu filho, Paul Murdaugh, 22, haviam sido encontrados mortos em sua propriedade.

A chamada havia sido feita por Alex Murdaugh, marido de Maggie e pai de Paul, que ter tentado socorrê-los. Meses depois, seria provado que o advogado, membro de família tradicional no ramo do direito, era culpado pelo assassinato que chocou o país.

O caso é contado em “Assassinatos na Família Murdaugh”, filme que será exibido em duas partes pelo canal pago Lifetime e já ganhou documentário na Netflix. Quem dá vida a Alex Murdaugh é Bill Pullman, astro de filmes como “Gasparzinho” e da série “The Sinner”. Mesmo com décadas de experiência, o ator não nega que foi um baita desafio interpretar alguém que mentiu tão descaradamente para tentar se defender.

“Quando você assiste ao julgamento, parece impossível para ele sentir emoção”, disse Pullman à reportagem. Meses após a fatídica noite, Murdaugh foi considerado suspeito e, posteriormente, foi julgado, sem nunca admitir que era culpado. “Eu senti vergonha”, confessou o ator.

“Eu senti vergonha ao pensar que minha família estaria assistindo. Que outras pessoas que me conhecem estariam assistindo”, disse Pullman. “Isso significa que eu fui tão verdadeiro que deveria ficar envergonhado com esta exposição”, completou.

O filme mostra não só o crime, mas como a vida do advogado se transformou após o assassinato. O longa começa em 2019, quando conhecemos um Murdaugh viciado em drogas, com problemas financeiros, vivendo à sombra de seu imponente pai Randolph Murdaugh III, e sob a constante pressão de carregar o peso do legado familiar.

Pullman explica a divisão em duas partes, que serão exibidas em 6 e 7 de abril no Lifetime: “A primeira metade mostra a configuração do que vai acontecer”. “A segunda é a do julgamento, primeiramente, e o que acontece depois, quando sua vida começa a desmoronar”, conta.

O ator diz que, na primeira parte , o maior desafio foi enfrentar as pessoas que o condenavam, quando ele dizia que era inocente. Já na segunda, quando ele começa a se identificar mais como alguém que está mentindo, Bill tenta fazer o contrário: “Minha intenção era fazer todos duvidarem se ele era culpado, se era capaz de fazer as coisas pelas quais estava sendo acusado”.

“Os Assassinatos de Murdaugh” será exibido às 23h dos dias 6 e 7 de abril no Lifetime. O filme marca o número 500 na lista de longas do canal.

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