O rendimento médio totalidade cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 6,9 pontos porcentuais entre outubro e novembro, de 438,9% para 445,8% ao ano, informou o Banco Meão nesta sexta-feira.
A taxa do parcelado passou de 180,0% (oferecido revisado) para 183,3% ao ano na mesma confrontação. Considerando o rendimento totalidade do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 82,2% (oferecido revisado) para 83,2% na passagem entre os dois meses.
O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um combinação sobre o matéria, chancelado pelo Recomendação Monetário Pátrio (CMN). Uma vez que não houve consenso, o teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024.
As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir, portanto, que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é exclusivamente um registro estatístico. Para chegar às taxas anuais, a mando monetária extrapola o rendimento cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano. Essa taxa nem sempre é efetivada, já que os consumidores normalmente ficam “pendurados” no cartão por exclusivamente dias ou semanas.
O gerente do Departamento de Estatísticas do Banco Meão, Fernando Rocha, explicou que a instituição não pretende interromper essa série histórica porque ela ainda serve uma vez que referência para mostrar a velocidade de aumento ou redução dos juros e também porque é um dos componentes para se chegar à taxa cobrada pelo sistema uma vez que um todo.