O presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse que não vê um “porvir nefasto” para o Brasil. Na sua visão, há potencial de desenvolvimento e atração de investimento. “O Brasil continua a ser um dos melhores destinos de investimentos do mundo”, afirmou ele, no Brazil Economic Forum, promovido pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, em Zurique, na Suíça.

 

Conforme ele, se confrontar o Brasil com os outros países dos Brics porquê Índia, África do Sul, China e Rússia, no universal, o País tem circunstâncias “muito melhores” de firmeza institucional, segurança jurídica, fronteiras consolidadas, uma democracia consolidada, não tem conflito religioso, é multirracial e multicultural.

Barroso também disse que o mundo vai permanecer “um pouco mais complicado”. Há três razões para isso: mudança climática, perceptibilidade sintético e desprestígio global da democracia.

Na questão do clima, o negacionismo está fazendo um ‘retorno triunfal’, disse ele, em meio ao temor de retrocesso no tema na gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Mesmo assim, devemos continuar apegados a nossos valores. O Brasil deve continuar a agenda de transição energética e proteção de biomas e da Amazônia”, sugeriu.

Sobre a perceptibilidade sintético, Barroso defendeu a sua regulação e maiores investimentos no País em ciência, tecnologia e inovação. “Não vai possuir salvação nesse mundo sem IA”, avaliou.

Por termo, o ministro mencionou o desprestígio global da democracia. Na sua visão, a inclusão social continua a ser a grande razão da humanidade. “Precisamos de atenção ao populismo dominador. Não podemos deixar de reconhecer que ele flui antes e sobretudo pelas promessas não cumpridas de prosperidade e paridade para todos que a democracia ainda não conseguiu satisfazer”, concluiu.

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