SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ator e diretor Justin Baldoni entrou com um processo de US$ 250 milhões (tapume de R$ 1,5 bilhão) contra o jornal The New York Times na última terça-feira (31) por uma reportagem sobre uma suposta campanha para difamar a atriz Blake Lively depois de ela o ter réu de assédio sexual.

 

As informações são da revista Variety, que divulgou a íntegra do processo. O The New York Times não comentou a denúncia.

O diretor de “É Mal Acaba” (2024) está em um grupo de dez pessoas que estão processando o jornal por maledicência e invasão de privacidade pelo texto publicado em 21 de dezembro intitulado “‘Podemos enterrar qualquer um’: dentro da máquina de maledicência de Hollywood.”

As partes, que também incluem as assessoras Melissa Nathan e Jennifer Abel e os produtores Jamey Heath e Steve Sarowitz, afirmam que a reportagem se baseou em comunicações “selecionadas e alteradas, desprovidas de contexto necessário e deliberadamente editadas para enganar.”

Uma das discrepâncias destacadas no processo é uma troca de mensagens entre Lively e Baldoni em 2 de junho de 2023. A atriz mandou uma mensagem para o diretor culpando sua assistente por não ter recebido um lote atualizado de páginas do roteiro.

A atriz assinou a mensagem com um “X” – símbolo usado em inglês para simbolizar um ósculo. Lively continuou: “Estou unicamente amamentando no meu trailer se você quiser ensaiar nossas falas.” Baldoni respondeu: “Entendido. [Estou] Comendo com a equipe e vou para aí.”

Essa interação teria sido retratada no texto do The New York Times de uma maneira mais pesada, segundo a denúncia. O jornal escreveu: “[Baldoni] entrou repetidamente em seu trailer de maquiagem sem ser convidado enquanto ela estava despida, inclusive quando estava amamentando.”

A queixa de 87 páginas, que também acusa o The New York Times de fraude e quebra de contrato implícito, tenta rejeitar a reportagem que levou a dependência WME a dispensar Baldoni porquê cliente horas em seguida a publicação.

De convénio com o processo, Lively teria embarcado em uma campanha de maledicência “estratégica e manipuladora” e usou falsas “alegações de assédio sexual para declarar controle unilateral sobre todos os aspectos da produção.”

Também segundo a queixa, o marido de Lively, o ator Ryan Reynolds, supostamente repreendeu Baldoni de maneira agressiva durante uma reunião em seu apartamento em Novidade York, “acusando-o de ‘humilhar’ sua esposa por seu peso.”

O processo alega que o ator também pressionou um agente de Baldoni a dispensar o diretor durante a estreia de “Deadpool e Wolverine” em julho, antes de Baldoni contratar uma assessoria de crise.

Representantes do The New York Times não responderam a um pedido inopino de glosa feito pela revista Variety.

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