VITOR MORENO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Se tivesse o poder de seu personagem em “Duna: A Profecia” (Max), Travis Fimmel o utilizaria para um tanto muito menos violento do que o misterioso Desmond Hart da série. “Eu usaria para obrigar as pessoas a dançar”, comenta, bem-humorado. “Por qualquer motivo, palato de ver as pessoas dançando (risos).”
O ator australiano, que esteve no Brasil para participar da CCXP 2024, é muito menos sombrio que o soldado capaz de queimar uma pessoa (ou várias) somente colocando as mãos sobre as têmporas e sobre do qual pretérito pouco se sabe na série. Em São Paulo, foi ao boêmio bairro da Vila Madalena procurando um samba.
“Sim, fui a muitos bares. Foi ótimo. As pessoas são tão alegres e todo mundo estava se divertindo. O Brasil tem uma ótima atmosfera e uma vibe incrível”, comenta ele, antes de falar mais sobre o fado de Desmond. “Os brasileiros são as pessoas mais legais. Passei uma temporada muito, muito boa cá. As pessoas são muito acolhedoras.”
Na trama, Desmond ganhou a crédito do imperador Javicco Corrino (Mark Strong), mas já mostrou que é capaz de algumas atrocidades -como trucidar uma moçoilo– para tutelar seus pontos de vista. A incerteza do público é se o personagem é realmente confiável ou se pode se virar contra quem finge tutelar.
“Acho que ele fala a verdade”, comenta o tradutor. “Só que, às vezes, a verdade pode ser uma coisa muito assustadora para as pessoas. Às vezes, você não quer saber a verdade sobre algumas pessoas porque quer se decepcionar. Portanto, acho que o maior poder dele é entrar lá e expressar a verdade. Mas, evidente, ele tem seus próprios interesses e um motivo pelo qual está lá.”
Ele diz que isso deve permanecer mais evidente nos episódios finais da temporada, que vão ao ar nos domingos 15 e 22, e que mesmo ele se surpreendeu com algumas das coisas que descobriu sobre Desmond nas gravações. “Eu sabia da história dele em termos gerais, mas muitos dos detalhes eu não percebi”, afirma. “Estou feliz por possuir aceitado o trabalho porque fica cada vez mais interessante para mim.”
Também no país para vulgarizar a série, Jade Anouka é outra cuja personagem, a mana Theodosia, acabou de revelar novas habilidades sobrenaturais. No incidente mais recente, que foi ao ar no dia 8, ela mostrou que tem o poder de assumir a forma de outra pessoa.
Não chegou a ser uma surpresa para a atriz, que já sabia que isso ocorreria em qualquer momento. Mesmo assim, não deixou de ser empolgante quando a cena se materializou. “Quando eu ouvi, pensei: isso é permitido, quero fazer isso”, conta.
Na trama, Theodosia reluta em usar essa artimanha, mas acaba o fazendo a pedido da poderosa Valya Harkonnen (Emily Watson), a útero superiora da irmandade da qual ela faz secção. “Nós vemos que é um tanto que ela definitivamente não queria fazer. Na verdade, ela diz que sua única requisito quando se juntou à irmandade era que nunca teria que fazer isso novamente”, lembra. “Portanto, o indumento de ela fazer isso por Valya fala muito.”
Anouka conta ainda que não foi somente um truque de edição que a transformou em Griffin Harkonnen (Earl Cave). “Estávamos ambos no set e trabalhamos juntos em termos de uma vez que a cena se desenrolaria”, afirma. “E ambos gravamos com pontos em nossos rostos para a equipe de efeitos especiais. E, logo, eles meio que juntaram tudo. É incrível.”
Showrunner da série, Alison Schapker, explica que, apesar de no universo de Duna, as pessoas com a habilidade de Theodosia serem conhecida uma vez que “dançarinas de rostos”, ela ainda não pode ser tecnicamente chamada assim. “É um termo que ainda não é amplamente usado”, diz. “Ela é um protótipo experimental inicial, só para deixar evidente.”
Já sobre o indumento de Desmond ter goro o projecto de Valya de salvar o imperador da morte para que ele lhe devesse um obséquio, Schapker antecipa que certamente as coisas não vão permanecer por isso mesmo. “Valya não vai parar porque ela leva um golpe”, avalia.
“Na verdade, ela consegue um tanto mesmo nessa perda”, detalha. “Ela consegue aquela exemplar do sangue que Desmond que goteja no corrimão e vai usar isso. Ela está determinada a dar o troco, a chegar ao fundo de quem ele é. Quem é esse faceta misterioso que apareceu com esse poder e uma história de vaticinador?”
Jordan Goldberg, produtor executivo da série, concorda. “Valya nunca desistirá de lutar”, afirma. “Acho que tanto ela quanto Desmond têm motivações que meio que os colocam em rota de colisão o tempo todo. E isso torna a história realmente fascinante de ver, mormente à medida que avançamos para os próximos episódios, nos quais as perguntas meio que serão respondidas.”
Mesmo sem uma confirmação solene de uma segunda temporada, Goldberg se mostrou positivo de que a série voltará com novos episódios no horizonte. “Ainda temos que chegar ao término [desta temporada], mas essa história tem muitos lugares interessantes para serem explorados. Porquê vocês verão, no final haverá muitas perguntas legais das quais vamos querer respostas.”
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