Arthur Elias sempre bateu na tecla que iria para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 para surpreender e recolocar o futebol feminino no pódio. Apesar de uma primeira fase ruim, com duas derrotas, o treinador cumpriu sua missão ao colocar a seleção na decisão diante dos Estados Unidos. Mas ele quer mais e, apesar de elogiar as oponentes, esbanja confiança em trazer o ouro olímpico da França.
As vitória diante da França, jogando sob apoio de 80 mil torcedores, nas quartas de final, e diante da campeã do mundo Espanha, na semifinal, com baile e impiedosos 4 a 2, aumentaram bastante a confiança da seleção brasileira para a vingança diante dos EUA, após derrotas nas finais de 2004 e 2008.
Mesmo com um “bicho papão” pela frente, que já fez a craque Marta chorar duas vezes, Arthur Elias mostra confiança para a decisão deste sábado, agendada para o meio-dia na capital francesa.
“Encaro como todos os adversários, respeitando e estudando muito, sabendo que tem grandes jogadoras do outro lado e a treinadora, para mim, é a melhor do mundo no momento”, elogiou, antes de fazer um prognóstico otimista.
“Sempre falei, desde que eu assumi a seleção brasileira, externamente, que íamos competir e disputar com todos e colocar o Brasil no patamar que merece. Mas, para o grupo, eu sempre falei que a gente ia ser campeão olímpico ou da Copa do Mundo”, revelou. “A gente está muito unido e mostrando a capacidade que o futebol feminino brasileiro tem e de que eu nunca duvidei”, explicou.
E revelou o que pede ao time. “Dentro de campo é competir, acreditar na qualidade das nossas atletas, no que elas podem entregar. Temos uma unidade muito forte aqui e acredito muito que podemos ser campeões”, frisou o técnico, que terá alguns dias para definir se Marta volta na decisão ou se começa no banco. As jogadoras exaltaram a vaga na final e celebraram a volta de Marta. Mas o treinador deixou a escalação indefinida.
“Quando você faz seis jogos em 16 dias, é preciso ter um trabalho que saiba manusear o elenco, para que elas cheguem em condição de fazer um jogo intenso, como foi a característica da seleção sempre, e aprender com as dificuldades que se passam na competição e olhar sempre a solução e não o problema”, explicou, antes de definir a camisa 10 como “a maior jogadora de todos os tempos.”
Desde a estreia diante da Nigéria (1 a 0), a seleção já rodou todo o elenco na Olimpíada e sempre com diversas mudanças na escalação de um jogo para o outro. Adriana começou e foi muito bem diante da França, mas ficou no banco com a Espanha.
Marta cumpriu os dois jogos de suspensão após expulsão contra a Espanha na fase de grupos e está na expectativa de jogar. Ludmila e Priscila poderiam dar lugar à veterana no setor ofensivo, assim como Duda Sampaio e Gabi Nunes também podem aparecer na final.
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