O elenco do Santos finalista da Copa Libertadores mesclou jovens jogadores com atletas identificados e bastante tempo de casa, a ponto de quatro titulares na decisão contra o Palmeiras terem atuado mais de 150 vezes pelo clube. Duas dessas referências que ajudaram a guiar o time, porém, estão de saída: Lucas Veríssimo e Diego Pituca.
Negociados com o Benfica e o Kashima Antlers, eles se despediram do clube no sábado e vão forçar o técnico Cuca a buscar novas opções para escalar o sistema defensivo, já começando pelo duelo de quarta-feira com o Grêmio, em Porto Alegre, pela 34.ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o time tem a quinta defesa mais vazada do torneio, com 44 gols sofridos.
O treinador já tem algumas opções para escalar o time. No meio-campo, Sandry desponta como o favorito a receber uma sequência como titular. Com apenas 18 anos, ele tem conquistado cada vez mais a confiança de Cuca, a ponto de ter sido a principal surpresa na escalação do Santos na decisão da Libertadores contra o Palmeiras, em detrimento de outro “xodó”, o atacante Lucas Braga.
A mudança foi desfeita no segundo tempo da decisão, mas a sua atuação em uma partida de peso chamou a atenção, ajudando tanto na marcação como na armação. Deve ter ganho pontos com o treinador, que também não poderá utilizar por meses o volante Jobson, outra opção para o setor, por causa de uma grave lesão no joelho.
Para a zaga, Cuca tem três opções para compor a dupla com o titular Luan Peres: Luiz Felipe, Alex e Laércio. Nesse caso, Luiz Felipe, mesmo que tenha falhado na derrota para o Atlético-MG, quando só os reservas atuaram, desponta como principal candidato a assumir a vaga. É quem tem mais histórico pelo clube – 112 jogos. Já Alex se recupera de lesão e Laércio tem oscilado quando recebe chances com Cuca.
O treinador também precisará recuperar a moral do elenco e concentrá-lo nos últimos seis compromissos no Brasileirão, depois de passar as últimas semanas priorizando a Libertadores. Hoje o time é o décimo colocado, com 45 pontos.
O goleiro John, porém, garante que todos deixaram o Maracanã de cabeça erguida. “A gente leva a família, esse grupo jovem, cheio de talentos. Time coletivo, que joga para ganhar. Hoje as coisas não aconteceram, mas saímos de cabeça erguida porque fizemos nosso melhor”, afirmou.
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