Emily Hand, a menina israelita de origem irlandesa que, em 7 de outubro, foi raptada pelo Hamas quando estava numa festa de pijama, voltou a abraçar o pai ao fim de 50 dias, no sábado.
Imagens compartilhadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) mostram o momento do emotivo reencontro, ao qual poderá assistir na galeria acima.
O pai da menina, que completou 9 anos em cativeiro, chegou a acreditar que a filha estava morta, tendo expressado alívio pelo receio de que pudesse sofrer mais caso estivesse refém do grupo islâmico. Contudo, depois de informado de que Emily estava, na verdade, em cativeiro, Thomas, natural de Dun Laoghaire, em Dublin, iniciou uma campanha para que a filha fosse libertada.
“Esperámos muito tempo por este momento. Cada dia tem sido um pesadelo longo e doloroso… A minha Emily vai finalmente voltar para casa, destruída, mas inteira”, disse Hand, citado pela ITV News.
E continuou: “Fez nove anos em 17 de novembro, mais de um mês depois de me ter sido roubada. Tenho a certeza de que não tinha ideia de que era o seu aniversário – teria perdido a noção das horas e dos dias [em cativeiro]. Ainda tenho os balões de festa – um está flutuando no meu quarto de hotel, mas perdeu muito ar, está esvaziando-se. Receberemos centenas e centenas e, agora, faremos uma grande festa.”
Na Irlanda, a família da menina celebrou o seu aniversário na capital, enquanto apelava pela sua libertação.
“Terá o melhor Natal e Hanukkah que já teve. Sou católico não praticante, e a mãe dela e quase todos os seus amigos são judeus, por isso celebramos ambos. Poderei vir a tirá-la de Israel, para que possa recuperar num país que esteja em totalmente em paz. Como Inglaterra”, confessou o homem.
De notar que este segundo dia cessar-fogo envolveu a libertação de 13 israelitas, quatro estrangeiros, e 39 prisioneiros palestinos.
No primeiro dia do cessar-fogo, o Hamas libertou 24 dos cerca de 240 reféns feitos durante o ataque de 7 de outubro, e Israel libertou 39 prisioneiros.
No total, o Hamas deverá libertar pelo menos 50 reféns israelitas, enquanto Israel se comprometeu a libertar 150 prisioneiros palestinos, todos mulheres e menores.
Israel já afirmou que a trégua pode ser prolongada por mais um dia por cada 10 reféns libertados.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome ‘Tempestade al-Aqsa’, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou ‘Espadas de Ferro’.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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