(FOLHAPRESS) – A ANS (Filial Vernáculo de Saúde Suplementar) abriu consulta pública para a geração de um certificado de qualidade em que estabelece que os planos de saúde adotem um rastreamento do cancro de úbere nos mesmos moldes do SUS (Sistema Único de Saúde), ou seja, a realização de mamografias entre 50 e 69 anos a cada dois anos.

 

A proposta tem provocado protestos de entidades médicas porque, segundo elas, 40% dos diagnósticos de cancro de úbere entre as brasileiras são realizados aquém dos 50 anos e 22% das mortes ocorrem nesse grupo etário.
De convenção com a Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Escora à Saúde da Pomo), a maior segmento das operadoras de saúde segue a recomendação sobre o rastreio mamográfico anual a partir dos 40 anos.

A prática que tem aval das sociedades médicas, porquê o Escola Brasiliano de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Para a mastologista Maira Caleffi, presidente da Femama, a proposta da ANS representa um grande retrocesso e, se aprovada, pode levar à subtracção da chance de o cancro de úbere ser diagnosticado precocemente e de ser curado.
“Um selo de qualidade é muito importante, mas o que fizeram em relação à mamografia foi inserir um jabuti [tema que destoa do texto da proposta original] nas entrelinhas”, afirma Caleffi.

Segundo ela, a recomendação do Ministério da Saúde, que está subsidiando a consulta pública da ANS, não é comportável com a subida incidência de casos novos de cancro de úbere aquém dos 50 anos.

“A idade média do cancro de úbere no Brasil é de 52, 53 anos, enquanto que em países da Europa é de 60, 63. Portanto, para dar essa média, é porque muitos casos aquém dos 50 anos. Nessa filete etária, o cancro costuma ser ainda mais ofensivo.”

O SUS segue as diretrizes do Inca (Instituto Vernáculo do Cancro), nas quais a mamografia de rastreamento é indicada para pacientes entre 50 e 69 anos com periodicidade bienal.

Um dos argumentos que apoiou essa decisão é que, quando se faz mamografia em pacientes aquém de 50 anos, existe a possibilidade de muitos casos de falso negativos, nos quais o examinação não detecta a lesão devido às mamas mais densas. Também há muitos casos de falsos positivos, que sugerem uma lesão que pode não ser zero.

“Dizem que a gente pode estar tratando tumores que nunca iriam para frente, porquê é o cancro in situ. Mas quem é que sabe se vai para frente ou não? Até podemos fazer menos tratamento, mas tem que tirar [o tumor], senão ele pode evoluir”, diz Caleffi.

Outro argumento dos que defendem a mamografia a partir dos 50 anos diz saudação ao suposto risco que representa a radiação emitida no examinação. “Nunca foi provado que a radiação faz mal”, diz a médica.

Caleffi também questiona a recomendação de realização da mamografia até os 69 anos. “Se a nossa expectativa de vida hoje em dia está perto dos 80, por que manifestar que a paciente mais idosa não precisa fazer?”

A consulta pública 144, que trata da geração de uma certificação de boas práticas em atenção em saúde, será encerrada na sexta-feira (24).
Em nota encaminhada à Femama, Angelica Durocher, diretora-adjunta da ANS, informou que a cobertura do rol não foi modificada e que permanece o recta de realização do examinação de mamografia de mulheres de 40 a 69 anos.

Diz que a proposta apresentada de rastreamento populacional, que se alinha às orientação do Ministério da Saúde, é somente uma regra de certificação para comitiva de uma risco de zelo porquê boa prática assistencial que está em consulta pública.

“Não é uma proposta definitiva, tem objetivo de colher adequadamente manifestações e contribuições da sociedade em universal.”

Na proposta, observa, há um item que coloca que mulheres com risco diferenciado devem realizar mamografia de convenção com a indicação do médico assistente.

“As instituições ou mesmo pessoas que percebam qualquer ponto de melhoria e aperfeiçoamento da proposta podem se manifestar tecnicamente no meio solene da consulta pública.”

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