Americanas consegue suspender na Justiça contratação de “vigilância” sobre suas operações

A Americanas conseguiu na Justiça a suspensão da decisão de contratação de um agente especial (watchdog) para acompanhar as operações da varejista, na sexta-feira (30).

Esse tipo de serviço é contratado quando há suspeita de irregularidades dentro das empresas.

A contratação foi um pedido de alguns credores da Americanas e havia sido concedida pela desembargadora Leila Santos Lopes.

O escritório que seria contratado cobra honorários de cerca de R$ 300 mil por mês para o serviço. Ou seja, R$ 3,6 milhões por ano — valor que deveria ser pago pela Americanas segundo decisão inicial.

As empresa entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Vídeo – Entenda a fraude na Americanas

De acordo com a liminar do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, faltam motivos claros para a contratação de um observador.

O serviço traria custos desnecessários para a Americanas, que já tem que arcar com despesas altas de administração judicial, “ficando evidente o risco de dano irreparável”.

Na decisão, o desembargador argumenta que a fraude foi confessada pela varejista, todos os envolvidos foram afastados e não existem sinais de novas fraudes desde o início de recuperação judicial da empresa.

Também citou que os administradores judiciais tem fornecido todas as informações pedidas pelos credores.

O desembargador conclui que o indeferimento tem como base a falta de amparo legal, “apontando-se a onerosidade de tal intervenção”.

A liminar suspendeu a decisão de contratação até que seja analisado melhor o mérito sobre ser necessária ou não a participação desse observador.

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