Jason Kennison, um homem australiano de 40 anos que conseguiu chegar ao cume do Monte Evereste, na tentativa de levantar fundos para uma campanha, mas morreu durante a descida, na sexta-feira (19).
Kennison sofreu uma lesão na medula espinhal, em 2006, que o obrigou a atravessar anos de recuperação, correndo um forte risco de nunca mais voltar a caminhar. Como tal, com essa recuperação em mente, fez-se ao topo da montanha mais alta do mundo, para levantar fundos para a associação Lesões Medulares Austrália, revelou o jornal The Guardian.
“Alcançou o seu objetivo de atingir o pico… ergueu-se no topo deste mundo, mas infelizmente não voltou para casa”, lamentou a sua família.
“Uma pessoa próxima convenceu-me de que ainda era capaz de fazer qualquer coisa que quisesse”, escreveu Kennison, na sua página da rede ‘Just Giving’, antevendo: “Em 2023, irei para o Nepal, para ver e estar no Monte Evereste, muito longe da luta contra lesões traumáticas e os dias baixos e sombrios da depressão. Uma façanha ambiciosa com a qual nunca teria sonhado, ou pensado ser possível depois de uma vez me terem dito que não seria capaz de andar.”
Segundo o ‘Himalayan Times’, o homem fazia parte de uma expedição dirigida pela Asian Trekking, cujo diretor administrativo revelou que o mesmo teria começado a mostrar um comportamento anormal no cume sul.
Os dois guias que o acompanhavam levaram-no então até uma zona a 8.400 metros acima do nível do mar, seguindo depois viagem até ao acampamento, onde Kennison recusou sair daquele lugar.
“Como o oxigênio que tinham estava acabando, decidiram descer até o acampamento, na esperança de subir novamente com mais oxigênio para resgatá-lo”, disse Dawa Steven Sherpa à Agence France-Presse.
Ventos fortes e mau tempo impediram, no entanto, os guias de retornar imediatamente.
Notícias ao Minuto Brasil – Mundo