LAURA LEWER
SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Muita inconstância músico já tinha preenchido o primeiro dia da edição de 2025 do Festival de Verão Salvador antes que o DJ Alok subisse no palco para fazer seu set por volta das 23h30 deste sábado, 25.

 

A tarde começou com o rock de Pitty, foi para o sertanejo de Ana Castela e para o pagode do Só Pra Contrariar, e depois ainda vieram o axé de Bell Marques e o reggae do Natiruts. Mas talvez a escalação mais ousada desta edição tenha sido a do DJ goiano, que pareceu juntar todos os gêneros musicais do mundo em uma hora.

Do meio da mesa sustentada por duas mãos prateadas gigantes, Alok deu qualquer clima de pista, com recta a cheiro de vape subindo da plateia, para um público que horas antes pulava com músicas de trio elétrico.

Presenciar a um set do goiano é escoltar uma metódico de remixes quase sempre previsíveis de todo tipo de música que vão crescendo, explodem e são entremeados por recursos visuais. Ele não economiza nos telões psicodélicos, fogos de artifício ou no uso dos canhões de lume.

No set aparecem várias versões eletrônicas de hits de rádio -“Thank You”, de Dido, “Habits”, de Tove Lo, “Better Off Alone”, de Alice Deejay, “Otherside”, dos Red Hot Chili Peppers e “Living on a Prayer”, de Bon Jovi, para reportar alguns. Durante elas, ele abaixa o volume para o público trovar e faz declarações de paixão no microfone.

A repetição desse caminho pode cansar o público às vezes -em determinado momento um varão gritou “libera aí essa desgraça de música logo”, por exemplo-, mas no universal pareceu aprazer.

Mormente na segunda metade, quando o DJ fez seu costumeiro show de drones no firmamento de Salvador. Os objetos tomaram a forma de planetas, galáxias, caranguejos, uma baiana e até logo de um banco.

Acompanhando as formas no firmamento, Alok começou um momento devotado à música baiana, tocando versões de faixas de grupos porquê BaianaSystem. Depois, chamou integrantes do Timbalada para o palco para remixar ao vivo “Cachaça”, fazendo uma espécie de drop de tambor que não deu para ser ouvido muito muito.

Logo emendou uma sequência de raps e R&Bs que aproveitou faixas de Rihanna, Kanye West e 50 Cent, não sem antes retrair os clássicos gritos de “eu não vou embora” em cima de um remix de “Seven Nation Army”, do White Stripes.

A jornalista viajou a invitação do festival

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