À agência de notícias EFE, a fonte indicou que a assistência inclui apenas alimentos enlatados, medicamentos, cobertores e colchões.
Os 20 camiões com ajuda humanitária que entraram hoje na Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, no sul do enclave e na fronteira com o Egito, serão levados para os armazéns da ONU, confirmou a Cruz Vermelha para os refugiados palestinianos (UNRWA), que se encarregará da distribuição.
Já um dos motoristas desses camiões descreveu à agência espanhola que está a transportar cerca de 150 toneladas de ajuda, entre “medicamentos e alimentos” e que não leva combustível na carga.
Questionado sobre o tipo de medicamentos, o motorista disse que são medicamentos “básicos”.
Já um responsável da UNRWA disse à EFE que não estão autorizados a levar ajuda humanitária para o norte da Faixa e que esta só pode ser distribuída a hospitais no sul do enclave palestiniano.
Há uma semana, Israel ordenou a evacuação da parte norte de Gaza, habitada por mais de um milhão de pessoas, como parte da sua campanha de bombardeamentos em retaliação ao ataque terrorista do grupo islâmico palestiniano Hamas.
A operação para levar ajuda do lado egípcio de Rafah para o lado palestiniano foi levada a cabo pelo Crescente Vermelho.
Pouco depois de entregar a assistência, os camiões deixaram o lado palestiniano em direção ao Egito e a passagem da fronteira foi novamente fechada.
Paralelamente ao acesso à assistência dentro de Gaza, entre 300 e 400 pessoas com passaporte estrangeiro, a maioria delas norte-americanas, esperavam poder sair, mas após o encerramento da passagem muitas dispersaram-se e apenas cerca de 150 permanecem com a esperança de poder sair em algum momento, como a Efe tem vindo a descrever.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, em comunicado, que a ajuda que chegou hoje a Gaza inclui medicamentos e suprimentos para traumas para 1.200 pessoas, bem como sacos portáteis para estabilizar até 235 pessoas feridas.
Há também medicamentos para tratar doenças crónicas e tratamentos para 1.500 pessoas, além de medicamentos básicos essenciais para 300 mil pessoas durante três meses.
A OMS indicou que está a trabalhar com o Crescente Egípcio e Palestiniano para garantir que estes fornecimentos considerados “críticos” cheguem em segurança aos hospitais e centros de saúde em Gaza.
“Em Gaza, os hospitais chegaram a um ponto de colapso devido à escassez e à falta de medicamentos e suprimentos médicos”, lia-se no comunicado.
A OMS destacou que a ajuda que hoje entrou em Gaza mal cobre as necessidades de saúde do enclave e referiu que na sexta-feira à noite um segundo avião com ajuda dos Emirados Árabes Unidos aterrou na cidade de Al Arish (Egito), perto da fronteira com Gaza, com a assistência de diversas organizações internacionais.
Para hoje está prevista a chegada de outro avião a Al Arish com abastecimentos fornecidos pela OMS desde medicamentos, a instrumentos cirúrgicos, desinfetante, materiais para transfusões de sangue, antibióticos, tanques de água e tendas.
A OMS sublinhou que se espera que mais assistência para Gaza chegue ao Egito nos próximos dias, apelando para o “acesso humanitário sustentado e ininterrupto” através da passagem de Rafah.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
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