WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Agentes do FBI, a polícia federalista americana, processaram o Departamento de Justiça para impedir a divulgação de uma lista com nomes de funcionários que participaram das investigações sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, de negócio com informações publicadas no The Wall Street Journal. Os servidores temem retaliação se suas identidades se tornarem públicas.

 

De negócio com o jornal, as duas ações judiciais apresentadas na terça (4) em Washington surgiram posteriormente o vice-procurador-geral interino, Emil Bove, pedir ao FBI uma lista dos envolvidos nos casos, gerando receio de demissões em tamanho. Milhares de agentes, analistas e outros funcionários participaram da grande investigação sobre o motim no Capitólio, uma das maiores da história do Departamento de Justiça.

Agentes anônimos que temem retaliações disseram em uma das ações judiciais, segundo o veículo, que a lista seria “vazada ou publicada para torná-los alvos dos criminosos condenados que foram recentemente perdoados, ou de qualquer número de outros atores mal-intencionados em procura de vingança”. A ação lembrou da promessa de Trump durante a campanha de buscar retaliação contra inimigos na emprego da lei.

A outra ação judicial mencionou uma postagem de Enrique Tarrio -ex-líder do grupo extremista de direita Proud Boys e um dos condenados do ataque perdoados por Trump- pedindo a prisão de um agente do FBI que testemunhou contra ele. Funcionários solicitaram ordem para impedir a divulgação dos nomes.

O memorando de Bove exigindo a lista dos agentes -que também ordenou a destituição de oito altos funcionários do FBI- agitou ainda mais os funcionários da polícia federalista americana já nervosos enquanto aguardam a confirmação pelo Senado de Kash Patel, que prometeu mudanças abrangentes nas prioridades do bureau e na forma porquê opera.

No termo de janeiro, Trump ameaçou dispensar agentes do superior escalão do FBI. Segundo a prelo, o governo teria informado que, se não renunciassem, seriam dispensados, o que pode ser ilícito, pois agentes de curso não podem ser exonerados sem justa desculpa.

O governo planeja dispensar membros do FBI, incluindo seis diretores assistentes executivos e diretores dos escritórios de Los Angeles e Miami. Os cortes incluem agentes envolvidos nas investigações contra Trump e na invasão do Capitólio. No dia 20, quando tomou posse, Trump perdoou quase 1.500 pessoas envolvidas no ataque.

Para piorar o clima entre os agentes do FBI, um questionário foi enviado às caixas de ingresso dos funcionários no termo de semana com perguntas sobre a participação deles nas investigações do 6 de janeiro e Trump, causando mais rebate.

O FBI, em resposta ao pedido, forneceu detalhes pessoais de tapume de 5.000 funcionários, identificados por código, incluindo títulos, escritórios designados e papéis na investigação, conforme transmitido pelo diretor interino Brian Driscoll.

Ele reconheceu que a resposta do FBI continua causando preocupação e confusão entre os funcionários listados. Driscoll afirmou que a instituição é extremamente cuidadosa com segurança e a integridade de seu pessoal.

Driscoll disse ainda que os oficiais esclareceram em sua resposta ao Departamento de Justiça que as designações são feitas com base nas responsabilidades dos cargos e que as atribuições de casos não refletem escolhas pessoais de cada quidam. Aliás, os funcionários podem ser advertidos se não cumprirem as tarefas que lhes são atribuídas.