Abel Ferreira não se intimidou com as críticas no empate do Palmeiras diante do América-MG, na semana passada, e agora não quer saber de festa com a classificação à decisão, mesmo mudando o jogo de volta com suas substituições no triunfo por 2 a 0 no Independência, na noite de quarta-feira. Sereno, o português preferiu ressaltar a força do trabalho coletivo do elenco e enfatizou que nada foi conquistado até então.
“Ainda não ganhamos nada. Eu não sou de celebrar, vocês não vão me ver celebrar com euforia e nem quando perdermos, ficar muito triste”, observou. “No futebol e na vida, o caminho é seguir em frente aconteça o que acontecer. Valorizar sempre o trabalho coletivo.”
Sem deixar o respeito ao América-MG de lado, Abel Ferreira fez questão de ressaltar que o Palmeiras podia sofrer muito em caso de eliminação na Copa do Brasil. “Nessa eliminação (mata-mata) só nós tínhamos a perder. Jogamos contra uma equipe que não tinha responsabilidade nenhuma e fazia o jogo da vida com uma campanha fantástica”, analisou. “Nós, Palmeiras, tínhamos toda a responsabilidade em cima. Há que valorizar essa pressão extra.”
O treinador aproveitou para elogiar a estrutura e a logística do clube, sobretudo nessa maratona de muitos jogos, mas ressaltou que os atletas estão esgotados. “Pra vocês terem uma ideia, quando cheguei fizemos 8 jogos no mês. Em dezembro fizemos 9 e em janeiro faremos 10. As pessoas têm que saber que temos uma equipe curta. Queria ter o Wesley e o Veron…”, afirmou, lembrando dos atacantes que ficaram fora do duelo por lesões musculares.
O Palmeiras não terá muito tempo para celebrar a vaga à final da Copa do Brasil. Na próxima terça-feira a equipe já estará novamente em campo, disputando um confronto decisivo. Vai a Buenos Aires enfrentar o River Plate pelas semifinais da Libertadores.
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