Ganhar do maior rival, e por goleada, deixa qualquer treinador feliz e extremamente satisfeito. Com o português Abel Ferreira não foi diferente. Mas o comandante palmeirense preferiu manter os pés no chão após os 4 a 0 sobre o Corinthians e não entrou em clima de euforia. Viu o resultado como importante, mas alertou. “Não me satisfaz porque não ganhamos nada, mas nos dá consistência ao trabalho.”
Abel Ferreira sabia que o time precisava de um resultado contundente para apagar a má impressão deixada na derrota por 2 a 0 diante do River Plate. Ela poderia ter vindo diante do Grêmio, mas o time pecou nas finalizações e cedeu o empate por 1 a 1. No clássico, porém, a resposta surgiu e colocou o time só dependendo das suas forças para ser campeão brasileiro.
“Não é só um jogo. É um dérbi contra o maior rival dentro da nossa casa. Sabemos que são mais que três pontos. São 3 pontos mais a satisfação de quem nos assiste. Toda essa responsabilidade nós assumimos”, enfatizou.
E seguiu mostrando estar por dentro de toda a rivalidade do duelo. “O Corinthians é o nosso maior rival, mas sem o Corinthians não existiria essa energia. Precisamos dos nossos rivais e a melhor forma de respeitar é nas quatro linhas. Ali que temos que ir para luta e competir”, advertiu, garantindo que os 4 a 0 foram a melhor maneira de não desprezar a importância do confronto.
E nada de escolher heróis. Nem mesmo ele, responsável pela escalação e a escolha do esquema. “Cada jogo tem uma história, mas é importante ver a equipe com jogo coletivo. Jogue quem jogar, eles conseguem perceber que a identidade é da equipe. A estrela é a equipe.”
Sobre sua euforia na beirada do campo e as tiradas com os “erros” da arbitragem, Abel jogou na conta da sede por vitórias de todos no Palmeiras. Abel não gosta de desperdício de pontos, e sabe como poucos mexer com o grupo e com a emoção da torcida.
“Ninguém dentro do Palmeiras quer mais ganhar do que os jogadores e todos da estrutura. Nem mesmo a torcida. Eu sei que eles querem ganhar, mas não querem mais do que a comissão e jogadores. É disso que vivemos. É para eles que jogamos.”
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