Quando pensa numa patologia cardiovascular, associa-a imediatamente às gerações mais velhas? Na realidade, não podia estar mais errado. Os especialistas referem que as mulheres acima dos 22 anos têm maior probabilidade de serem atingidas por uma condição médica rara e pouco conhecida, revela o jornal britânico The Sun.
Em causa está a dissecção espontânea da artéria coronária (SCAD, na sigla em inglês), uma causa rara de síndrome coronário agudo, que pode atrasar ou bloquear o fluxo de sangue para o coração, causando um enfarte do miocárdio, anomalias no ritmo cardíaco ou morte súbita, alertam especialistas da Clínica Mayo, dos Estados Unidos.
De acordo com o The Sun, trata-se de uma condição rara que afeta mais as mulheres entre os 30 e os 60 anos. Contudo, foram já identificados casos em jovens de 22 anos, sobretudo durante a gravidez ou no puerpério, sem qualquer histórico de doença. A tensão arterial elevada e as doenças do tecido conjuntivo, como a síndrome vascular de Ehlers-Danlos e a síndrome de Marfan, são fatores de risco.
Ao jornal, Sharonne N. Hayes, da Mayo, refere que os sintomas da SCAD podem ser confundidos com um enfarte agudo do miocárdio, vulgarmente conhecido como ataque cardíaco. A pressão no peito é o sintoma mais frequente, mas pode fazer-se acompanhar de dor e falta de ar.
Embora não exista ainda consenso quanto à orientação terapêutica a adotar, os médicos sublinham a importância de um diagnóstico precoce.
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