A notícia de que Sam Altman havia sido expulso do cargo de CEO da OpenAI, a dona do ChatGPT, pegou o mundo da tecnologia e os próprios investidores da empresa de surpresa na última sexta (17).
Seu retorno ao cargo, porém, não está descartado, segundo informações publicadas pelos sites especializados Information e Verge.
QUAL FOI O MOTIVO ALEGADO?
O conselho de administração da companhia disse que não tem mais confiança em Altman e afirmou que ele não foi franco em suas comunicações com o colegiado.
Mira Murati, atual chefe de tecnologia da empresa, assume como CEO interina. O presidente do conselho, Greg Brockman, também deixou seu cargo, mas segue como funcionário da empresa.
A hipótese mais provável até agora para a demissão é que houve um racha interno no conselho, que foi vencido pela ala de “trust and safety” (confiança e segurança), escreve o colunista da Folha de S.Paulo Ronaldo Lemos.
Há rumores de que os novos produtos lançados no último dia 6 tinham falhas de segurança, inclusive a possibilidade de vazar dados dos usuários. Isso teria levado a própria Microsoft, principal investidora da OpenAI, a suspender o uso interno de produtos da empresa.
O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA?
Uma queda de braço entre Altman e Ilya Sutskever, o cientista-chefe da empresa e que também faz parte de seu conselho de administração.
Para entender a disputa, é importante lembrar que a OpenAI é acima de tudo uma entidade sem fins lucrativos, que foi fundada em 2015 por Sam Altman, Greg Brockman, Ilya Sutskever e Elon Musk.
Abaixo dela está uma subsidiária com viés de lucro -é a que rentabiliza o ChatGPT e estaria avaliada em US$ 86 bilhões.
Para voltar ao cargo de CEO, Altman disse a pessoas próximas que seriam necessárias mudanças significativas na governança da OpenAI para evitar passar pelo mesmo revés, segundo o Verge.
O site americano ainda disse que ele e Brockman estariam conversando sobre criar uma nova startup e, caso o plano se concretizasse, outros funcionários do alto escalão da OpenAI também poderiam pedir demissão.
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