O início do trabalho de Vagner Mancini no Corinthians tinha como objetivo livrar a equipe do rebaixamento. Com o passar das rodadas, a equipe começou a mirar uma vaga na Copa Libertadores de 2021. Se antes era favorito à vaga, com os últimos dois resultados, o time alvinegro perdeu esse status e terá de torcer contra alguns rivais para alcançá-la.
Mesmo assim, o técnico Vagner Mancini disse que conquistar apenas vaga na Copa Sul-Americana não é fracasso, mas reiterou que chegar à principal competição continental ficou mais difícil, depois da derrota para o Flamengo, neste domingo, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“De maneira alguma (um fracasso), o objetivo número um era sair da situação em que a gente se encontrava, em 17º lugar, chegamos a figurar em 8º lugar. Ainda vamos jogar nove pontos, algumas outras equipes têm só mais seis a disputar, e temos totais chances ainda. Ficou mais difícil como foi ao longo de todo o campeonato. Não foi fácil sair de 17º para chegar em 8º. Foi muito difícil, por isso a gente acredita”, avaliou Mancini.
O Corinthians tem pela frente três jogos pelo Brasileirão. O primeiro duelo será o clássico contra o Santos, na Vila, na próxima quarta-feira. A equipe da Baixada Santista é uma das rivais na luta pelo último posto na Libertadores. Pela 37ª rodada, o jogo será em Itaquera, contra o Vasco, que briga contra o rebaixamento. Por fim, na rodada final, o time do Parque São Jorge terá participação decisiva na disputa pelo título, quando visita o líder Internacional, em Porto Alegre.
“Enfrentamos uma equipe (Flamengo) que, com o Inter, é apontada com reais chances de títulos, e enfrentamos em igualdade de condições. Então, podemos fazer um bom jogo contra o Santos na Vila, depois temos o Vasco em casa e o Internacional fora, todos jogos que serão equilibrados”, afirmou o técnico corintiano.
Planejando a reta final, Mancini avaliou sua estratégia para os jogos contra Flamengo e Athletico-PR, nos quais não conquistou os pontos almejados. Para o técnico, alguns pontos fortes defensivos da equipe foram prejudicados com a saída de alguns jogadores. “Nestes últimos jogos diminuímos a estatura do time e a gente vem sofrendo com isso, seja em escanteios, faltas laterais ou até naqueles lances de segunda bola. A saída do Jô e do Jemerson fez a gente ter uma estatura menor, e a gente tem sofrido com isso, sim”, avaliou o técnico corintiano, que insistiu que não pode servir de desculpa para os gols sofridos.
“Não justifica alguns gols que foram tomados, aí entra em cena algumas outras coisas que são tão importantes quanto estatura: é você atacar a bola, é você minimizar algum tipo de erro, então estamos de certa forma pecando em alguns detalhes e por isso temos tomado muitos gols. Isso me incomoda muito. A segurança de uma equipe é você tomar poucos gols para que possa ganhar a maioria das partidas”, explica que Mancini, que viu sua equipe sofrer cinco gols nos últimos dois jogos pelo Brasileirão.
Mancini se esquivou das polêmicas que envolvem o gol da vitória do Flamengo, marcado por Gabriel, mas apontou intolerância da arbitragem com seus jogadores e falta de coerência em decisões sobre lances semelhantes.
“Houve uma intolerância dos atletas dos dois times à arbitragem do Rafael Traci, e o que enervou um pouquinho a equipe do Corinthians foi que os cartões foram aplicados. Houve uma reclamação no banco, e ele deu cartão amarelo para o Ramiro. O banco do Flamengo também atuou desta forma ao longo do jogo e nem por isso ele foi lá. Ao término da partida, a dois ou três minutos (do fim), o banco estava todo ao lado do Rogério Ceni. O que incomodou foi que foi usado um peso diferente nos cartões aplicados à nossa equipe”, finalizou.
Antes do jogo contra o Santos, na próxima quarta-feira, o Corinthians fica de olho no jogo desta segunda-feira entre Sport e Red Bull Bragantino, onde a equipe de Bragança Paulista, em caso de vitória, pode deixar a equipe corintiana na 11ª colocação da tabela.
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