Ação faz parte do conjunto de obras de infraestrutura urbana, que tem sido determinante para evitar alagamentos em áreas historicamente atingidas na cidade.
A Prefeitura de Sorocaba e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) iniciaram, nesta terça-feira (7), nova etapa de ampliação das obras de desassoreamento do Rio Sorocaba, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, via Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que gerencia o Programa de Revitalização e Sustentabilidade Hídrica – Rios Vivos.
Uma escavadeira hidráulica chegou a Sorocaba, na tarde de segunda-feira (8), ocasião em que a máquina foi montada. Durante a semana passada, foi realizada a abertura de acesso para que o maquinário chegasse à margem do rio, nas proximidades do entroncamento da Avenida Quinze de Agosto, Rua Campinas e foz do córrego do Jardim Leocádia.
O desassoreamento do rio faz parte do conjunto de obras de infraestrutura urbana, realizado pela atual Administração da Prefeitura e do Saae, e que tem surtido o efeito esperado e também tem sido determinante para evitar alagamentos em áreas historicamente atingidas na cidade. São ações complementares a outras igualmente já executadas, como troca de travessias sobre córregos no Jardim Piratininga, Marli e Mathilde, para aumentar a vazão das águas de chuvas; implantação de nova rede de drenagem no Éden, Vila Haro e Jardim Sandra, entre muitas outras.
“O objetivo é, até dezembro e ao longo de 2024 todo, darmos sequência aos trabalhos de ampliação do desassoreamento do Rio Sorocaba. Estamos, inclusive, tratando da continuidade dessa parceria importante com o Estado para outros pontos do Rio Sorocaba. As ações já realizadas foram determinantes, nas últimas chuvas intensas registradas, como o vendaval de sexta-feira passada, para evitar alagamentos em pontos considerados críticos, como na Avenida Dom Aguirre e no Jardim Marli”, aponta o prefeito Rodrigo Manga.
Os trabalhos, no momento, seguem concentrados na altura do Jardim Leocádia, avançando pela margem da Avenida Quinze de Agosto, entre a Rua Campinas até a Rua Fernandópolis, no Jardim Iguatemi, em uma extensão de 500 metros, aproximadamente. A expectativa é de que 15 mil metros cúbico de sedimentos sejam retirados do Rio Sorocaba apenas nesse ponto.
“Por meio dessas iniciativas, buscamos garantir cada vez melhores condições de escoamento das águas, preparando a calha do rio para absorver e prevenir alagamentos para as temporadas de chuvas intensas, assim como a elevação do nível do rio”, destaca o diretor-geral do Saae/Sorocaba, Tiago Suckow. Segundo ele, essa nova fase do contrato com o Estado prosseguirá em 2024 e outros pontos no trecho urbano do Rio Sorocaba serão também contemplados.
Fase anterior
Até então, desde 2022, os trabalhos em parceria com o Governo do Estado estiveram concentrados em dois pontos do Rio Sorocaba: nas proximidades do Clube do Idoso, no bairro de Pinheiros, e da Ponte da Radial Norte, na região do Jardim Brasilândia.
As obras de desassoreamento haviam atingido, até maio passado, a marca de 100 mil metros cúbicos de resíduos retirados do Rio Sorocaba, incluindo 20 mil m³ de sedimentos, ao longo de 1,6 quilômetros do Córrego Itanguá, na região do Jardim Marli e Jardim Itapemirim, na Zona Oeste, também relativos à primeira etapa do contrato de desassoreamento em parceria com o Estado. Esses trabalhos foram iniciados em março de 2022 e o volume total removido é equivalente ao conteúdo de 8.300 caminhões repletos.
Os principais benefícios das obras de desassoreamento são: remoção de bancos de areia que causam afunilamento da calha; melhora no fluxo de escoamento das águas; redução da possibilidade de sobre-elevação da lâmina d´água e retirada de sedimentos acumulados nos dois cursos d´água. Para execução desses serviços, o Saae/Sorocaba cumpre todos os trâmites necessários de licenciamento ambiental, seguindo os mais modernos requisitos de engenharia.
Mais ações de desassoreamento
Com recursos próprios da Prefeitura e do Saae/Sorocaba, foi concluída, em junho passado, a remoção de banco de areia localizado entre as pontes Pinheiros e Dante Sola, no entroncamento da Avenida Dom Aguirre com a Ponte Pinheiros. Foram retirados do local cerca de 3.600 metros cúbicos de resíduos, equivalentes a 300 viagens de caminhões cheios.
E, em setembro, até os dias atuais, por iniciativa do Poder Público Municipal, seguem os trabalhos de desassoreamento no trecho entre a Usina Cultura e a ponte Padre Madureira. A expectativa era de que entre 15 mil e 20 mil metros cúbicos de sedimentos fossem retirados do rio e, até o momento, já foram removidos mais de 25 mil metros cúbicos de material. Os trabalhos, nesse trecho, com o uso de draga flutuante e escavadeiras, é executado em parceria com a Geratriz Construtora, oriunda de medida mitigadora, no valor de R$ 400 mil.