Deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (8), a Operação Dignidade de abordagem de pessoas em situação de rua esteve em seis diferentes endereços que são alvo de constantes reclamações por parte dos moradores. No total 39 pessoas em situação de rua foram abordadas pelos agentes públicos envolvidos na ação, determinada pelo prefeito em exercício, Fernando Dini.
Uma nova edição da operação está programada para acontecer ainda esta semana. Coordenada pelo secretário de Segurança, Marcos Mariano, a ação envolveu equipes das secretarias da Segurança, Saúde, Cidadania, Serviços Públicos e Obras, Planejamento, além da Guarda Civil Municipal e Polícias Civil e Militar. A concentração das equipes aconteceu na sede do 7º BPM-I, logo às 6h30. Dali as equipes seguiram para o pontilhão da Rua Humberto de Campos, Avenida Carlos Reinaldo Mendes (onde existe um barracão abandonado), Avenida Ulysses Guimarães, Avenida Ipanema (próximo à Área de Transferência), Jardim São Paulo (próximo ao SOS) e Rua Hermelino Matarazzo (altura da Praça Pedro de Toledo – em frente ao Cemitério da Saudade).
De acordo com o secretário Marcos Mariano, das 39 pessoas em situação de rua abordadas pelas equipes, 22 tiveram verificada sua situação perante a Justiça, por meio das equipes da Guarda Civil Municipal, Polícia Civil e Polícia Militar. Foi usado um moderno sistema de identificação, chamado Fotocrim e não houve a constatação de pendências entre os abordados.
A Assistência Social da Prefeitura, por meio dos agentes da Secretaria da Cidadania, entrevistaram 32 pessoas, com o auxílio do pessoal do Serviço de Obras Sociais (SOS) – que mantém convênio com o município. Apenas uma aceitou encaminhamento à Casa Azul, que é um espaço de abrigo e assistência material.
O balanço da Operação Dignidade apontou também que as equipes da Saúde Mental da Prefeitura entrevistaram todas as 39 pessoas abordadas e destas, 29 fazem uso de alguma substância entorpecente. E destas 29, somente uma aceitou ser conduzida ao CAPS para retomar o tratamento que ela mesma havia interrompido. Quatro mulheres trans também aceitaram comparecer ao CAPS para participar do Grupo Trans.
Já a equipe da Secretaria da Saúde fez 32 entrevistas e, desse grupo, seis pessoas aceitaram fazer o teste de HIV e Sífilis. Foi constatado um resultado positivo para Sífilis, doença que a pessoa desconhecia possuir, e ela foi encaminhada para o Serviço de Assistência Médica Especializada (SAME).
Para o prefeito em exercício, Fernando Dini, o resultado da Operação Dignidade foi positivo, pois é uma forma do poder público saber um pouco mais sobre a situação dessas pessoas e definir novas ações que atendam o interesse coletivo.
Uma nova mobilização da Operação está programada para esta semana, desta vez, no período da noite.