Italianos se apalpam em protesto contra juiz que ilibou agressor sexual

Um funcionário de uma escola artística em Roma foi absolvido do crime de agressão sexual de uma aluna de 17 anos, depois de ter baixado as calças e apalpado as nádegas à menor de idade, com o tribunal considerando que a agressão durou menos de 10 segundos e, por isso, não é crime.

A decisão do juiz não caiu bem entre os italianos, que estão agora recorrendo às redes sociais para fazer um protesto que demonstra bem a gravidade desta decisão.

Na Itália, homens e mulheres filmaram-se olhando fixamente para as câmaras, enquanto apalpam os seios durante precisamente 10 segundos, noticia a BBC.

Noutros vídeos, alguns apalpam-se durante nove segundos, chegando aqui e afirmando que é melhor parar antes que o gesto se torne numa agressão sexual.

Os vídeos estão etiquetados com as hashtags #10secondi [10segundos] ou “palpata breve” [breve apalpada] e têm como objetivo demonstrar como 10 segundos podem ser estranhamente longos, e perturbadores, especialmente durante uma agressão sexual.

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As publicações visam a decisão do juiz que ilibou o funcionário escolar, Antonio Avola.

Segundo o Corriere Della Serra, o homem, de 66 anos, abordou ‘Laura’ (nome fictício dado em tribunal), na época com 17 anos, quando ela se encaminhava para uma aula no Instituto Cine-TV Roberto Rossellini, na capital italiana.

‘Laura’ denunciou o homem à polícia, acusando-o de lhe tocar sem qualquer consentimento, mas Avola justificou-se, dizendo que se tratava apenas de uma “brincadeira” e que o apalpão foi “acidental”.

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