Saiba mais sobre a Febre Maculosa e os cuidados necessários para se prevenir

Foto: Biblioteca virtual do Ministério da Saúde

Em decorrência dos casos confirmados de Febre Maculosa ocorridos recentemente na região de Campinas-SP, o Centro de Vigilância Epidemiológica do Governo do Estado de São Paulo solicitou às Vigilâncias Municipais a divulgação de informações à população sobre a doença, bem como se prevenir e a importância da rápida procura pelo atendimento médico, nos casos suspeitos.

A Febre Maculosa é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettssii. É transmitida pela picada do carrapato estrela (espécie Amblyomma sculptum) e o vetor (carrapato) pode se infectar ao parasitar (sugar o sangue) alguns animais, como equídeos, a exemplo dos cavalos e mulas, além de capivaras e gambás. Posteriormente, este carrapato volta ao ambiente, podendo picar o ser humano, ocasionando a transmissão da bactéria.

O período de incubação da doença (tempo entre a infecção pela picada do carrapato e o início dos sintomas) é de 2 a 14 dias, mas, normalmente, os sintomas se iniciam depois de 5 a 7 dias da exposição ao carrapato infectado.

Os principais sintomas são: febre; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; inchaço e vermelhidão nas palmas da mãos e sola dos pés; podendo levar à gangrena nos dedos e orelhas e paralisia dos membros, que inicia nas pernas e vai se alastrando até os pulmões, causando parada respiratória.

Com a evolução dos sinais da Febre Maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés. A letalidade da doença é alta no Estado de São Paulo, varia de 50% a 75%, dependendo da idade. A cada quatro pessoas infectadas, duas ou três vão a óbito.

Em Sorocaba, não há casos confirmados ou suspeitos. As regiões de maior transmissão da Febre Maculosa no Estado de São Paulo são Campinas, Jundiaí e Piracicaba. Outras regiões, com casos mais esporádicos, são Ribeirão Preto, Ourinhos e Assis, além de outros municípios com casos confirmados.

“É muito importante que a população se atente para as orientações e os cuidados de prevenção, tendo em vista a possibilidade da ocorrência de carrapatos infectados em áreas urbanas ou rurais das cidades”, reforça a chefe de Divisão da Vigilância Epidemiológica *de Sorocaba*, Juliana Mome.

Saiba como se prevenir

 Os cuidados para prevenção da doença (principalmente em áreas com a presença de carrapatos) são:  usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; trajar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta; usar repelentes de insetos; verificar se seus animais de estimação estão com carrapatos; no caso de identificar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça; não apertar ou esmagar o carrapato, mas puxar com cuidado e firmeza. Depois de removê-lo, é preciso lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água.

Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após o uso das roupas em local onde houve a ocorrência de carrapato, recomenda-se colocar todas as peças em água fervente.

Tratamento da doença

 Uma vez que os sintomas apareçam e haja histórico de picada de carrapato ou contato com animais domésticos ou silvestres ou, ainda, tenha frequentado área sabidamente de transmissão de febre maculosa nos últimos 15 dias, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico, comunicando sobre a área ou região recentemente visitada. Dessa forma, o tratamento com antibiótico específico poderá ser iniciado imediatamente, antes mesmo do resultado de diagnóstico laboratorial. Não existe vacina contra a doença.

Para saber mais informações, ligue: (15) 3229-7308 ou envie e-mail para a Vigilância Epidemiológica de Sorocaba: epidemiologica@sorocaba.sp.gov.br.

Saúde – Agência de Notícias