Novas pesquisas revelam que a falta de sono adequado pode ter várias consequências negativas, e agora foi descoberta uma consequência ainda mais grave e pouco conhecida. Um estudo conduzido pela Virginia Commonwealth University, em Richmond, nos Estados Unidos, sugere que os sintomas associados à insônia, como dificuldade em adormecer e acordar muito cedo quase todos os dias, aumentam o risco de acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em indivíduos com menos de 50 anos.
O estudo acompanhou mais de 31 mil pessoas sem histórico de AVC ao longo de nove anos. Levando em consideração vários fatores, os pesquisadores descobriram que aqueles que apresentavam de cinco a oito sintomas de insônia tinham um risco 51% maior de sofrer um AVC. Já entre aqueles que apresentavam apenas de um a quatro sintomas, o risco diminuiu para 16%.
É importante ressaltar que a insônia é caracterizada pela dificuldade em iniciar o sono e mantê-lo de forma contínua durante a noite, ou pelo despertar antes do horário desejado. Essa condição pode estar relacionada a diversos fatores, como expectativas, problemas clínicos, problemas emocionais, excitação associada a determinados eventos, entre outros. Estudos realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam que 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono, incluindo a insônia.
A privação de sono adequado pode indicar alterações na saúde física ou mental. A insônia, quando persistente e crônica, pode estar associada a questões psiquiátricas, como transtornos de humor, ansiedade ou personalidade. Além disso, segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), a insônia crônica pode durar em média 3 anos e afetar de forma contínua entre 56% a 74% dos pacientes ao longo do ano, podendo aumentar os riscos para o desenvolvimento de outras doenças.
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