Euller marca e o Palmeiras abre 4 a 3 na decisão dos pênaltis sobre o Deportivo Cali, no Palestra Itália. Depois, vê Zapata mandar para fora e o time paulista festeja a conquista da Copa Libertadores. Já se passaram 21 anos da decisão, mas ela segue viva na mente do ex-atacante. Neste sábado, ele confia numa final “bonita” no Maracanã, e torcerá para a equipe conquistar o bicampeonato diante do Santos.
“Tenho a perspectiva que seja um jogo bonito. Um clássico. Final de Libertadores entre brasileiros no Maracanã, um palco mundialmente conhecido. Que as duas equipes possam jogar para vencer desde o início, buscando a vitória sem confronto e briga entre os atletas dentro de campo”, afirmou Euller. “Espero que seja um jogo limpo. Minha torcida é para o Palmeiras ser campeão, para buscar novamente o Mundial.”
Apesar da torcida, o Filho do Vento, como Euller ficou conhecido por causa de sua velocidade em campo, não vê semelhanças entre o atual Palmeiras e o elenco campeão em 1999. Nada, porém, de desmerecer os méritos dos comandados de Abel Ferreira.
“Não há relação nenhuma entre essas duas gerações. O Palmeiras de 1999 tinha uma equipe muito experiente, com campeões mundiais de seleção e de clube, jogadores que atuaram várias Libertadores… Um elenco grandioso, totalmente diferente do Palmeiras de hoje. Mas cada um com seu valor.”
Euller fez a festa em 99 diante de um Palestra Itália lotado. Neste sábado, Palmeiras e Santos atuarão para arquibancadas vazias, e o ex-jogador lamenta e teme que isso atrapalhe. “Estamos vivendo um momento difícil que há de se respeitar. Mas, com certeza atrapalha muito o fato de você jogar uma partida final de Libertadores sem torcida”, disse. “Estádio lotado, onde a torcida vai em peso e está lá para te incentivar faz muita falta.”
O campeão aproveita para mostrar aos jogadores a importância da conquista na Libertadores. “Algo muito grande. Tudo que se faz dentro de um clube é pela busca da conquista da Libertadores. Todo o planejamento, as contratações, seja de jogador ou profissionais da comissão técnica é visando a conquista da Libertadores. Ela é única na vida dos clubes, do torcedor, dos atletas, dos dirigentes, da comissão técnica… Então ela se torna a competição mais importante para um clube de futebol”, afirma.
E vai além. “Há uma mudança em questão de valorização, do trabalho feito, do reconhecimento e de lembranças. Sempre que Palmeiras está na Libertadores e se fala em título, vem à tona a competição de 99. É um reconhecimento por todos os lados da conquista”, enfatizou.
Apesar de a conquista ter mais de duas décadas, Euller está eternizado entre os palmeirenses e é reconhecido por onde anda até hoje. “O relacionamento com torcedor é maravilhoso, pois você conquistou o título, o tão almejado título para a vida deles. Você acaba caindo na graça do torcedor pois fez parte de história. Até hoje um relacionamento muito, muito, muito bom.”
Ele revelou que se sente aliviado quando se recorda daquele dia histórico. “Não me esqueço daquela decisão na cobrança de pênaltis. Um momento de tensão, de pensamento positivo, de força, de orações e lembranças. A adrenalina lá em cima e você na responsabilidade de bater. Até hoje, como naquele dia, eu me lembro do momento de alívio após a batida. Até hoje é o mesmo sentimento.”
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