SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (23) que quatro moradores do Espírito Santo ainda estão sob suspeita de estarem contaminados com o vírus da gripe aviária (H5N1). As amostras de sangue coletadas dessas pessoas estão sendo analisadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Por outro lado, todos os outros 38 exames realizados (34 no Espírito Santo e quatro no Rio de Janeiro) em pessoas que tiveram contato com aves doentes deram negativo.
No Espírito Santo, 33 resultados negativos foram de funcionários do parque Fazendinha, onde uma das aves contaminadas foi encontrada, e outro de uma servidora do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram). Os outros quatro exames são de moradores de São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro.
Na noite desta segunda-feira (22), o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) publicou no Diário Oficial da União portaria decretando estado de emergência zoossanitária em todo o país, que deve vigorar pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado por prazo indeterminado.
O objetivo desse decreto é evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.
O Mapa segue alertando a população para que não recolha as aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário de sua cidade caso encontre alguma nessas condições.
O Ministério da Saúde também informou que o cenário no país é de alerta e monitoramento. “De acordo com o que foi observado no mundo, o vírus não infecta humanos com facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada”, destacou a pasta.
No Rio de Janeiro, a SES-RJ (Secretaria de Estado da Saúde) divulgou uma nota com dicas de segurança aos criadores de aves para evitar uma pandemia.
“A Secretaria de Agricultura aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão; manter o portão de acesso das propriedades fechado; desinfectar veículos em pleno funcionamento e materiais que acessem as granjas; ter cuidados com ração e água e restringir criação de aves pelos funcionários”, listou o comunicado.
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