Sete das oito atividades que integram o comércio varejista registraram expansão nas vendas em janeiro de 2023 ante dezembro de 2022, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global, o volume vendido cresceu 3,8%.
As altas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (27,9%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (7,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), Combustíveis e lubrificantes (1,5%), Móveis e eletrodomésticos (1,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%).
Na direção oposta, a única atividade com retração foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -1,2%.
No comércio varejista ampliado – que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – houve elevação de 0,2% em janeiro ante dezembro. O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 0,2%, enquanto Material de construção cresceu 2,9%.
Com a reformulação periódica da PMC, o desempenho do varejo ampliado com ajuste sazonal inclui os dados do atacado alimentício, nova atividade investigada. No entanto, ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.
O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, explica que é necessário ter uma série histórica mais longa, de cerca de 60 meses, para ter uma base de dados consistente para as divulgações ajustadas sazonalmente. A coleta de dados do atacado alimentício já está no 13º mês, e a equipe do IBGE fará testes ao longo do tempo sobre essa série histórica para confirmar a robustez e viabilidade das informações para divulgação individual com ajuste sazonal, explicou Santos.
Comparação com janeiro de 2022
De acordo com o IBGE, seis das oito atividades que integram o varejo registraram avanços em janeiro de 2023 ante janeiro de 2022. Na média global, o comércio varejista teve um crescimento de 2,6%, a sexta taxa positiva consecutiva.
Segundo Cristiano Santos, a sucessão de expansões “é reflexo também de uma base (de comparação) bastante baixa”.
Houve expansão em Combustíveis e lubrificantes (26,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,8%), Móveis e eletrodomésticos (3,4%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,3%) e Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%).
As duas atividades com retração foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-7,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,5%).
No varejo ampliado – que agora inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas cresceram 0,5% em janeiro de 2023 ante janeiro do ano anterior. O volume vendido por Veículos, motos, partes e peças cresceu 4,4% em relação a janeiro de 2022, Material de Construção teve aumento de 1,1%, mas Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu 0,9%.
Cristiano Santos explica que o atacarejo caiu enquanto o varejo alimentício subiu porque a receita do varejo cresceu acima da registrada pelo atacarejo. Na disputa comercial entre ambos, todos com promoções, o varejo conseguiu se sair melhor que o atacarejo em janeiro.
“O atacarejo passa a ser a terceira maior força no varejo ampliado em janeiro de 2023”, ressaltou Santos.
Após a reformulação periódica, a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta quarta trouxe o atacarejo com 13,9% de participação no varejo ampliado em janeiro de 2023. Os supermercados estão com 33,0% de participação, e os veículos com 17,2% de participação.
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