Se apaixonar e se relacionar com alguém é uma das maravilhas da vida, sobretudo pelo sentimento de se sentir amada e cuidada. A pessoa cria uma esfera de felicidade e de boa autoestima que, sem dúvida, interfere positivamente em outros pontos da vida. Segundo especialistas, quando se apaixona por alguém, a pessoa cria no corpo alguns hormônios, como adrenalina, oxitocina e dopamina, acelerando o coração, criando desejos sexuais, grande atração, euforia e otimismo.
“O sentimento do amor é incontrolável, gostoso e visceral, e é justamente por isso que ele pode fazer com que as pessoas não percebam a toxicidade que pode ser criada com ciúmes. É claro que existem muitos níveis de ciúmes e os mais leves podem ser entendidos e até coerentes, sobretudo se causa um desconforto legítimo. Porém, é fundamental estar aberta ao exercício de autoavaliação e saber quando está ferindo a liberdade da outra pessoa”, aponta Henri Fesa, especialista em relacionamentos e representante da Casa das Magias.
O ciúmes em si requer algumas reflexões honestas, e conversar sobre ele com a pessoa amada, explicar o porquê de ter ficado desconfortável e entrar em um acordo são os primeiros passos para que a relação continue ou se torne leve. “É muito fácil entrar em uma armadilha da desconfiança, principalmente depois de já ter passado por algumas decepções na vida e ainda possuir gatilhos que dificultem o processo de evolução”, continua o especialista.
Quando sentir ciúmes, a primeira tarefa é organizar os pensamentos. Ver o que, de fato, aconteceu, o porquê de ter se sentido desconfortável, se é apenas uma desconfiança, se é um problema de autoestima ou autoconfiança, ou se está criando na cabeça cenários que não existem, porque são comportamentos que o ciúmes, com muita facilidade, pode causar. Depois dessa análise, se necessário, aí sim deve conversar com o companheiro e ser honesta com os sentimentos.
Uma das ações oriundas do ciúme mais tóxicas é a necessidade de fazer joguinhos, ou seja, a pessoa solta várias indiretas dando a entender que houve algo, mas paralelamente não consegue definir o que aconteceu. Na verdade, a estratégia não resolve o problema e faz com que a outra pessoa receba seu desconforto sem nem saber exatamente o que fez para tal. O ideal é, de fato, conversar.
Uma outra ação mais extremista é a obsessão, quando se olha para a outra pessoa com um sentimento de posse, atitude que deve ser combatida sem pestanejar. “Ninguém é dono de ninguém e nenhuma pessoa deve perder sua liberdade mesmo quando faz parte de um relacionamento. O ideal é buscar sua própria felicidade sem terceirizar no outro e trabalhar a autoestima e autoconfiança. O amor só é leve se for livre”, conclui Henri.
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