SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Palmeiras fará no próximo sábado (30), contra o Santos, no Maracanã, a sua quinta final de Copa Libertadores na história. Campeão em 1999, o clube alviverde buscará o bicampeonato da América.
Logo em sua primeira participação no torneio continental, em 1961, os palmeirenses foram à decisão e ficaram com o vice, diante do Peñarol (URU). Sete anos depois, a equipe paulista voltou a decidir a Libertadores e novamente foi derrotada, dessa vez para o Estudiantes (ARG).
A única conquista na competição veio em 1999, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. O Palmeiras venceu na final o Deportivo Cali (COL), nos pênaltis, para levantar a taça. Em 2000, o clube esteve perto de seu segundo título, mas caiu para o Boca Juniors (ARG) na decisão.Confira as participações alviverdes em suas quatro finais:
1961 – ESTREANTE, FICOU COM O VICE
Campeão nacional no ano anterior, o Palmeiras fez em 1961 a sua primeira participação na Copa Libertadores. E logo na estreia, já foi à decisão.
Comandados pelo argentino Armando Renganeschi, os alviverdes eliminaram os homônimos Independiente (ARG) e Independiente Santa Fe (COL) antes da final contra o Peñarol (URU), que havia sido campeão da América em 1960.
No jogo de ida da decisão, no Estádio Centenário, em Montevidéu, o Peñarol venceu o Palmeiras por 1 a 0, gol do equatoriano Alberto Spencer, até hoje o maior artilheiro da história da Libertadores. Na partida de volta, no Pacaembu, Sasía abriu o placar para os visitantes e Nardo chegou a empatar para os paulistas, mas o empate em 1 a 1 deu o título aos uruguaios.
1968 – VICE DE NOVO, TEVE O ARTILHEIRO DO TORNEIO
Em busca de sua primeira taça continental, o Palmeiras tratou a Libertadores de 1968 como prioridade, ainda que tenha sido comandado por três técnicos. Primeiro, Mário Travaglini foi substituído por Julinho Botelho, finalista em 1961, que trabalhou interinamente até a chegada do argentino Alfredo González, que havia atuado com a camisa alviverde nos anos 1940.
Das 15 partidas que disputou no certame, o clube do Palestra Itália venceu 11, empatou uma e perdeu três. Tupãzinho, atacante palmeirense, foi o artilheiro da competição com 11 gols.
Na semifinal daquele ano, o Palmeiras se vingou do Peñarol e eliminou os uruguaios antes de encarar na final o Estudiantes (ARG), que tinha em seu elenco o meia Carlos Bilardo, futuro campeão mundial como técnico da Argentina em 1986.
Os argentinos venceram o primeiro confronto, em La Plata, por 2 a 0. Na volta, os palmeirenses levaram a melhor no Pacaembu e triunfaram por 3 a 1, forçando o jogo de desempate. Em Montevidéu, no Estádio Centenário, os argentinos bateram os alviverdes pelo placar de 2 a 0, gols de Felipe Ribaudo e Juan Ramón Verón, e ficaram com a taça. Seria a primeira conquista de três em sequência para o time de La Plata na Libertadores.
1999 – PRIMEIRO TÍTULO E CONSAGRAÇÃO DE MARCOS
Em 1999, mais de trinta depois de sua última final de Libertadores, veio enfim a glória alviverde no torneio continental. Campeão da Copa do Brasil no ano anterior, o clube garantiu a classificação à competição.
Na primeira fase, o Palmeiras se classificou em segundo lugar no grupo que tinha o rival Corinthians e os paraguaios Olimpia (PAR) e Cerro Porteño (PAR). No mata-mata, eliminou o campeão da edição anterior, o Vasco, bateu o Corinthians nos pênaltis com o brilho do goleiro Marcos e superou o River Plate (ARG) na semifinal, com atuação de gala de Alex, para ir à decisão.
Contra o Deportivo Cali (COL), os palmeirenses foram derrotados na partida de ida, na Colômbia, por 1 a 0. Na volta, no Palestra Itália, Evair e Oséas anotaram os gols do triunfo por 2 a 1, que levou a decisão para as penalidades. Apesar do erro de Zinho, os colombianos desperdiçaram duas cobranças e o Palmeiras se sagrou campeão da América pela primeira vez.
2000 – SONHO DO BI PAROU NAS MÃOS DE CÓRDOBA
Campeão da edição anterior da Libertadores, o Palmeiras foi em busca do bicampeonato continental com o reforço de um jogador com passagem pelo futebol europeu e experiência em Copa do Mundo: o atacante colombiano Faustino Asprilla. Na fase de grupos, superou Juventude, The Strongest (BOL) e El Nacional (EQU).
No mata-mata, o time alviverde voltou a mostrar a força da campanha de 1999 e derrubou Peñarol (URU), Atlas (MEX) e, mais uma vez, o arquirrival Corinthians, nos pênaltis, para ir à decisão contra o Boca Juniors (ARG).
Após empates por 2 a 2 na Bombonera e 0 a 0 em São Paulo, a final foi decidida nas penalidades. Asprilla e Roque Júnior pararam nas mãos do goleiro Oscar Córdoba. Os argentinos acertaram todas as suas cobranças e ficaram com o título.
Em três textos, esta série também trará lembranças das finais de Libertadores disputadas pelo Santos (quarta-feira) e entre dois times do mesmo país (quinta-feira), como aquecimento para a primeira decisão paulista da história do torneio.
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