Brasil é o 4º país que mais mata ativistas de direitos humanos

Racismo. Violação de direitos humanos e eleitorais. Violência contra mulher. Esses são alguns dos destaques do relatório 2023 da Anistia Internacional.

O documento destaca também as fugas e protestos que marcaram 2022, além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia e repressão a protestos no Irã também foram relatados pela entidade.

O texto aponta que o Brasil é o 4º país do mundo onde pessoas defensoras de direitos humanos e do meio ambiente mais morrem. Um exemplo disso é que quatro anos depois do assassinato de Marielle Franco, vereadora e defensora dos direitos humanos, e de seu motorista, o crime ainda não foi esclarecido.

O relatório da Anistia Internacional destaca ainda perseguição política e fracasso histórico em combater o racismo. As chacinas cometidas por agentes de segurança pública foram recorrentes em estados como o Rio de Janeiro e Bahia. Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, afirma que a polícia brasileira é uma das que mais mata em todo mundo e as principais vítimas são negros, com menos de 25 anos.

E o relatório aponta também que em todas as regiões do mundo, os direitos das mulheres cis e transgêneros, seguiram sob ameaça porque os Estados falharam na proteção dessas pessoas. Jurema Werneck destacou dados que apontam o Brasil como o país com o maior número de homicídios de pessoas trans no mundo pelo 13º ano consecutivo, o que reflete um descaso do estado com esse tipo de violência.

Ainda de acordo com dados do relatório, as questões climáticas e a omissão do estado em resolver os assuntos ligados ao meio ambiente continuam presentes em quase todo o mundo. A violência eleitoral também foi marcante no Brasil, em especial porque houve uma tentativa do próprio governo em 2022 de desqualificar o processo democrático durante as eleições do ano passado.

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