Financiadores do garimpo ilegal em terra indígena têm maior parcela de responsabilidade criminal. A afirmação é do delegado da Polícia Federal (PF) Humberto Freire, que atua nos inquéritos abertos para apurar a crise humanitária do Yanomami.
Até o momento, são três inquéritos abertos pela PF. Um deles investiga o crime de genocídio contra o povo Yanomami. Outro busca, justamente, identificar esquemas de lavagem de dinheiro do garimpo ilegal. Há ainda um terceiro inquérito que apura crimes correlatos, incluindo fraudes em contratos públicos da saúde indígena.
“As pessoas serão punidas na medida de sua culpabilidade. As pessoas que financiam, as pessoas que fazem lavagem daquele lucro auferido criminosamente com a retirada desse minério, elas têm uma responsabilidade muito maior. E isso está sendo investigado dentro dos inquéritos que foram instaurados pela PF”
O delegado está em Roraima e acompanha a visita de uma comitiva ministerial formada pelos ministros da Defesa, José Múcio, dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.
Questionado sobre as ações em andamento, o ministro da Defesa, José Múcio, citou o trabalho de apoio logístico das Forças Armadas e o papel da Justiça na punição de quem for comprovadamente envolvido em práticas criminosas.
“Nós estamos por conta do trabalho, quem cuida da logística disso tudo é a Força Aérea Brasileira. Cada um tem sua função, quando chegar essa vez, vai ficar por conta da Polícia Federal e da Justiça ver quem são os culpados, que serão punidos”.
Antes da visita à Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, os ministros José Múcio e Silvio Almeida estiveram nas instalações da Operação Acolhida, que trabalha com a recepção dos imigrantes venezuelanos. Eles conheceram a Base da Operação, o posto de triagem, o Centro de Interiorização, além dos abrigos.
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