Uma missa celebrada na manhã desta terça-feira (24) no Santuário Cristo Redentor marcou o início das homenagens ao congolês Moïse Kabagambe, assassinado a pauladas há exatamente um ano no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. As homenagens continuaram à tarde em frente ao quiosque onde o jovem, de 24 anos, trabalhava e foi morto por exigir o pagamento do salário atrasado. Ele se tornou símbolo da luta por respeito e garantia dos direitos dos refugiados no Brasil.
As homenagens reúnem várias entidades que atuam em defesa dos Direitos Humanos e marcam, também o Dia do Refugiado Africano, lembrado neste 24 de janeiro.
A coordenadora de Migração e Refúgio e secretária executiva do CEIPARM, o Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes, da Secretaria de estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Eliane Almeida, lembrou que os refugiados chegam ao Brasil fugindo da fome e da guerra nos países de origem, em busca de uma vida melhor. Por isso, ela salienta que é nosso dever garantir que eles possam se estabelecer e ter condições de trabalho digno.
E acrescenta que o assistente da coordenação de Migração e Refúgio, é Daniel Djojo, membro da família de Moïse, o que reforça a atuação do estado na assistência aos refugiados e migrantes.
A família de Moïse ganhou da prefeitura um quiosque comercial no Parque de Madureira, na zona norte do Rio e lá, no próximo sábado, 28 de janeiro, mais uma homenagem será feita ao jovem. Desta vez, celebrando também o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
Os três acusados por espancar Moïse até a morte: Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, Fábio Pirineus da Silva e Brendon Alexander Luz da Silva, estão presos na Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, na zona oeste da cidade, e o julgamento ainda não foi marcado.
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