A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou entender a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) pela manutenção da taxa de juros em 13,75% ao ano, mas disse esperar o início em breve do processo de redução da Selic, lembrando que o País tem hoje uma das maiores taxas de juros reais do mundo.
“Os juros em nível mais baixo deixam de representar entrave tão intenso ao consumo e aos investimentos e, assim, permitem melhor desempenho da economia. E, além disso, não comprometem o processo de combate à inflação. Para permitir um início mais rápido e uma queda mais intensa da taxa de juros, é importante o controle dos gastos públicos e compromisso com o equilíbrio fiscal”, avalia o presidente da CNI, Robson de Andrade, em nota divulgada pela entidade.
A avaliação da CNI é que a política monetária contracionista, desde dezembro de 2021, desestimula a atividade econômica. “Atualmente, a intensidade dessa política contracionista é bastante forte, pois a taxa de juros real – que desconsidera os efeitos da inflação – está em torno de 8,0% ao ano, o que representa 4,0 pontos porcentuais acima da taxa de juros neutra, aquela que não estimula e nem desestimula a atividade econômica”, avalia.
Para a entidade, a Selic em 13,75% ao ano restringe a atividade econômica e deve ser suficiente para manter a inflação em desaceleração. Esse movimento deve ser reforçado, lembra a CNI, pelas desonerações tributárias de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, além do arrefecimento dos preços de alimentos.
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