Defasagem da gasolina e do diesel volta a pressionar preços internos, diz Abicom

Após algumas de semanas de alívio, o que permitiu à Petrobras reduzir o preço dos seus principais combustíveis antes do primeiro turno das eleições presidenciais, o petróleo e derivados voltaram a subir no mercado internacional, e podem tomar proporções ainda maiores dependendo do resultado da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta quarta-feira, 5.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, se a Opep decidir por um novo corte, será difícil segurar os preços internos, apesar da proximidade do segundo turno das eleições.

“Se confirmado o corte pela Opep, os preços devem continuar subindo”, avaliou nesta manhã ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo levantamento da entidade, a defasagem média do preço do diesel atingiu 3% e da gasolina 8% na terça-feira, 4.

Para voltar à paridade, os preços deveriam ser elevados em R$ 0,17 e R$ 0,28 por litro, respectivamente. A diferença no caso do diesel, porém, é bem mais alta no porto de Aratu, na Bahia, cuja defasagem chega a 5%. Já no porto de Araucária, no Paraná, a gasolina era negociada a um valor 12% abaixo do verificado no mercado internacional.

O último reajuste do diesel pela Petrobras ocorreu há duas semanas, uma queda de 4,07%, e da gasolina há um pouco mais de um mês, uma redução de 4,8%, e seguem um novo ritmo de reajustes adotado pelo atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para amenizar a alta de preços da estatal, após duas gestões bastante criticadas pelo presidente (general Joaquim Silva e Luna e José Mauro Coelho) devido aos aumentos que impactaram a inflação, Paes de Andrade acelerou o ritmo de queda dos preços.

Desde o final de junho, quando tomou posse, já foram feitas quatro reduções no preço da gasolina e três do diesel, combustível cuja demanda aumenta no segundo semestre do ano.

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