Por ter trabalhado desde muito nova, Eunice dos Santos só se formou na faculdade aos 52 anos, em 2014. Com o diploma de pedagoga, pôde realizar um plano antigo: dar aulas na Associação de Idosos, em Varjão, no Distrito Federal.
“Procuro estimular o aluno de um jeito leve. Conversamos muito.”
Prestando serviço na parte administrativa da instituição, havia muito tempo ela
vinha percebendo a necessidade de alfabetização das mulheres ali, que dividiam histórias parecidas com a dela.
“Tendo dedicado a vida ao trabalho ou à família, elas não conseguiam, por exemplo, assinar o nome em um documento”, conta Eunice. Os encontros acontecem três vezes por semana. Mais de 100 pessoas já passaram por lá, a maioria, mulheres idosas.
“Procuro estimular o aluno como um todo, de um jeito leve. Com brincadeiras, levamos em conta a vida difícil delas, conversamos muito.” O material, como lápis, caderno e apostilas, vem de doações de pessoas dispostas a ajudar o projeto.
Texto: Manuela Aquino
Foto: Arquivo Pessoal
Conteúdo extraído da reportagem “Ler o mundo”, publicada originalmente na Sorria #74, em junho de 2020.
EDUCAÇÃO – Razões para Acreditar