Falta de umidade no ar e oscilação da temperatura dificultam respiração

Mudanças bruscas de temperatura e tempo seco criam um cenário ideal para o aparecimento de doenças respiratórias. Gripe, resfriado, rinite e sinusite aumentam 40% nesta época, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

“A falta de umidade no ar prejudica as vias aéreas, dificulta a respiração, causa desconforto com espirros, coriza, obstrução nasal, coceira no nariz, ouvido, garganta e tosse”, explica Caroline Cannarella. Segundo a otorrino as doenças respiratórias podem apresentar um conjunto de sintomas muito parecidos e por isso ela faz um alerta contra a automedicação. “Pode ser alergia, pode ser infecção e até algo mais grave que só um diagnóstico médico pode atestar. O risco é encobrir essa gravidade tomando remédios paliativos que mascaram os sintomas e não curam de fato.”

Para alívio dos sintomas, Caroline Cannarella orienta aumentar a hidratação diária tomando mais água, uso de soro fisiológico nas mucosas das narinas e o umidificador de ar ou nebulizador em casos de desconforto. “É preciso lembrar também que o comportamento das pessoas é o fator decisivo para o aumento na transmissão das doenças respiratórias, por isso prefira espaços abertos, com ar circulando, e mantenha hábitos saudáveis de repouso, alimentação e prática de exercícios”, indica a médica. Isto deve entrar na rotina e em especial até o fim de setembro, quando termina o inverno.

Sinais de alerta

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os índices de umidade entre 50% e 80% são os ideais. Abaixo de 30%, sinais de desconforto começam a surgir, e o sinal de alerta vem aos 12%. Desidratação, nariz com sangramento, pele e olhos irritados são algumas das reações à baixa umidade. Em quem já tem doenças pré-existentes – como asma e bronquite – os quadros podem ser agravados.

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