No dia 13 de março, um piloto chamado Stepan Tarabalka morreu nos céus ucranianos, depois de uma batalha contra os russos. O britânico The Times noticiou que a morte do major, de 29 anos, era também a morte do ‘Fantasma de Kyiv’, um mítico piloto que teria aterrorizado a Força Aérea russa ao abater 40 aeronaves.
No entanto, a Força Aérea Ucraniana veio desmentir, mais uma vez, a existência do ‘Fantasma’.
Através do Twitter, as forças armadas ucranianas afirmaram que “o ‘Fantasma de Kyiv’ continua vivo”, pois “personifica o espírito coletivo dos pilotos altamente qualificados da Brigada Tática de Aviação, que defenderam com sucesso Kyiv e a região”.
The information about the death of the The Ghost of #Kyiv is incorrect. The #GhostOfKyiv is alive, it embodies the collective spirit of the highly qualified pilots of the Tactical Aviation Brigade who are successfully defending #Kyiv and the region.
— Ukrainian Air Force (@KpsZSU) May 1, 2022
Os rumores sobre o ‘Fantasma de Kyiv’ começaram bem cedo na guerra, ainda em fevereiro, quando o próprio governo ucraniano catalogou com o apelido um piloto que teria destruído seis aeronaves russas, na região de Lugansk.
Os vídeos virais do suposto piloto mortífero foram-se seguindo, uns atrás dos outros, criando uma imagem épica de um ás dos céus imbatível, digno de filme. Um dos vídeos foi tão compartilhado que, pouco tempo depois, o Deutsche Welle analisou-o e confirmou que tinha sido retirado de um jogo de videogame.
#BREAKING
Crazy footage of a MiG-29 of the Ukrainian Air Force shooting down a Su-35 fighter jet of #Russia’s Air Force over Ukraine’s capital #Kyiv today. Likely using the R-73 infrared homing missile. #Ukraine #RussiaInvadesUkraine #worldwar3 #WorldWarIII #WWIII pic.twitter.com/MWGRfhnexB
— Ukrainelive (@Ukrainelive5) February 25, 2022
As forças ucranianas vieram agora admitir que, apesar de Tarabalka ser, ele próprio, um herói morto em combate, o mito foi uma bem sucedida ação de propaganda.
“O fantasma de Kyiv é um super herói — uma lenda e personagem criada pelos ucranianos”, admitiram.
Para trás, fica a campanha de marketing, que colocou frente a frente um superpoder militar, dotado de uma força aérea composta por milhares de aeronaves, contra um único piloto. E fica também a venda de muitas, muitas t-shirts.
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