SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Promotores franceses emitiram mandados de prisão internacionais para prender o executivo brasileiro Carlos Ghosn, além de outras quatro pessoas que estariam envolvidas com uma concessionária de automóveis em Omã.
A suspeita é que o grupo teria desviado milhares de euros da montadora Renault, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
As informações são do jornal The Wall Street Journal.
Fontes ouvidas pela publicação disseram que Ghosn, ex-presidente da Renault, teria desviado milhares de euros por meio de uma concessionária de automóveis no país árabe de Omã para seu uso pessoal.
Uma porta-voz de Ghosn se recusou a comentar os mandados de prisão.
Em novembro de 2018, o executivo, então presidente do conselho de administração da montadora japonesa Nissan, foi preso no Japão, por supostas violações financeiras no país.
Ele também foi chefe de uma aliança de três montadoras: Renault, Nissan e Mitsubishi.
Ghosn fugiu de um julgamento sob acusação de irregularidades financeiras do Japão para o Líbano em dezembro de 2019, enquanto estava escondido em uma caixa de som.
O mandado de prisão não deve mudar a situação pessoal de Ghosn, que segue no Líbano como fugitivo internacional desde que escapou do Japão. O país não tem tratado de extradição com o Japão, então Ghosn foi autorizado a permanecer no país, do qual tem cidadania.
O executivo nasceu em Porto Velho (RO) e mudou-se com a família para o Líbano aos seis anos. Ele possui nacionalidades brasileira, libanesa e francesa.
De toda forma, os mandados são outro golpe legal para a reputação de Ghosn. Ele se diz vítima de um sistema de justiça japonês injusto.
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