SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quinta-feira (14) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nunca negou “em princípio” a participar de uma reunião com Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano. Ainda assim, a autoridade russa revelou que, para qualquer conversa, precisaria ser precedida por um acordo em cima de “certas condições”.
O representante, segundo a agência de notícias russa TASS, apontou que já havia falado sobre esse assunto anteriormente e destacou a necessidade de um documento escrito, com as condições, antes dessa reunião entre os chefes de Estado.
“Não há nenhuma novidade detalhada sobre esse assunto. Nós já havíamos discutido sobre essa reunião anteriormente, dizendo que, em princípio, o presidente [Putin] nunca a recusou, mas, certas condições devem ser acordadas antes desse encontro, especialmente um documento escrito”, afirmou.
Um encontro presencial entre os presidentes é um dos pedidos de Zelensky, que credita na reunião como uma das saídas para o fim da guerra iniciada em 24 de fevereiro.
As negociações estão em um “beco sem saída”
Na terça-feira (12), o presidente russo considerou que as negociações entre Ucrânia e Rússia estão em um “beco sem saída”, culpando Kiev, por ter, supostamente, desviado dos acordos que aconteceram em Istambul.
Ainda na mesma linha, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que acompanhou as negociações de Istambul em 29 de março, acredita que as únicas conversas que conseguiram progresso foram as que aconteceram em terras turcas.
Com a guerra chegando aos 50 dias de duração, declarações como essas e a intensificação do posicionamento dos Estados Unidos pode sinalizar que o conflito ainda dure mais tempo.
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