Os tumores cerebrais afetam, anualmente, cerca de 10 a 20 pessoas por cada 100 mil habitantes. No caso das crianças, são diagnosticados cinco casos por 100 mil habitantes, mostram dados partilhados pelo portal Lusíadas. Mas como saber que se trata, de fato, de um tumor?
Victor Gonçalves, médico especialista em neurocirurgia, do Hospital Lusíadas Lisboa, explica que “os tumores intracranianos, intra e extra-axiais dão sinais e sintomas que estão relacionados com o fator expansivo e compressivo sobre as estruturas adjacentes e envolventes, dentro de um continente rígido e inextensível no adulto (crânio)”. Entre os adultos, as queixas mais frequentes são as dores de cabeça, sobretudo noturnas, alterações visuais com visão dupla, paralisia de membros e da face, desequilíbrio da marcha, convulsões recentes, bem como alterações do comportamento, da expressão verbal ou da compreensão das palavras e, por exemplo, da memória.
Na criança, além dos sintomas indicados para adultos, o aproveitamento escolar alterado e náuseas e vômitos sem causa conhecida do foro digestivo são sinais de alerta. O médico refere que, na infância a expansão intracraniana, “para além dos sintomas e sinais vários”, pode evoluir com “alargamento do diâmetro craniano devido ao não encerramento de suturas e fontanelas”, isto é, ligações entre os ossos do crânio.
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